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A Passage to India de David Lean como hipertexto fílmico

Autor(es): Santos, Kelly Ornelas

Data: 2013

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/10065

Origem: Repositório da Universidade de Lisboa

Assunto(s): Forster, E. M., 1879-1970 - Adaptações cinematográficas; Lean, David, 1908-1991 - Crítica e interpretação; Cinema - Inglaterra - séc.20 - História e crítica; Cinema e literatura; Teses de mestrado - 2013


Descrição

Tese de mestrado, Estudos Ingleses e Americanos, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2013

A presente dissertação, intitulada A Passage to India de David Lean como Hipertexto Fílmico, tem como objectivo principal a análise do processo de transposição do romance A Passage to India (1924) de E. M. Forster (1879-1970) para a linguagem cinematográfica. Esta é a problematização central tomada como eixo de referência para o estudo comparativo do romance e da sua adaptação para o cinema, destacando o modo como a linguagem cinematográfica e os seus recursos podem dialogar e recriar, preservando não só a intencionalidade, mas também o espírito do texto de partida, permitindo, com isso, possibilidades de novas leituras semióticas. Esta análise tem como alicerce teórico a noção de intertextualidade, a transtextualidade de Gérard Genette, o conceito emergente de intermedialidade, e outros conceitos pertinentes para o desenvolvimento da abordagem que consiste em romper com a noção de “fidelidade” ao texto adaptado, tendo em consideração três pontos importantes: as diferenças entre os meios que difundem as obras adaptadas; a não-subordinação do hipertexto ao hipotexto; e o facto de qualquer texto seja ele literário, fílmico ou de outra natureza, configurar uma “construção híbrida”, resultado da junção de muitas vozes ouvidas pelo seu autor. Neste sentido, adaptar não significa fidelidade, e esta não deve ser um parâmetro de julgamento ou foco de análise para as obras adaptadas. Nomes como Santha Rama Rau, Waris Hussein e David Lean serão referidos durante este trabalho, pelo facto de cada um representar uma nova versão de A Passage to India num género diferente do da narrativa literária. Refiro-me às adaptações dramática, televisiva e cinematográfica levadas a cabo em alturas diferentes: 1960, 1965 e 1984 respectivamente. É, no entanto, nesta última versão que se irá sobretudo concentrar a análise proposta neste trabalho, tendo em consideração que se trata de um épico histórico.

Abstract: The present dissertation, entitled A Passage to India de David Lean como Hipertexto Fílmico, has as its main purpose the analysis of the transposition process of the novel A Passage to India (1924) by E. M. Forster (1879-1970) to the cinematographic language. This is the central problem taken as the axis reference for the comparative study of the novel and its adaptation to the cinema, highlighting the way the cinematographic language and its resources can dialogue and recreate, preserving not only the intentionality, but also the spirit of the adapted text, allowing for new semiotic readings. This analysis has as a theoretic foundation the notion of intertextuality, the transtextuality formulated by Gérard Genette, the emerging concept of intermediality, and other relevant concepts for the development of the approach that consists of breaking away with the notion of “fidelity” to the adapted text, considering three important points: the differences between the media that spread the adapted works; the insubordination of the hypertext to the hypotext; and the fact that any text be it literary, filmic or from any other nature, configures a “hybrid construction”, a result of the junction of many voices heard by its author. In this sense, adapting does not mean fealty and proximity or fidelity to the adapted text, which should not be taken as the criterion of judgment or the focus of analysis of the adapted works. Names like Santha Rama Rau, Waris Hussein and David Lean will be mentioned owing to the fact that each one represents a new version of A Passage to India in a different genre from the one of literary narrative. I refer, then, to the dramatic, televised and cinematographic adaptations carried out in different times: 1960, 1965 and 1984 respectively. It is, however, in the latter version that the proposed analysis will be mainly focused, considering it as an historical epic.

Tipo de Documento Dissertação de mestrado
Idioma Português
Orientador(es) Barbudo, Maria Isabel
Contribuidor(es) Repositório da Universidade de Lisboa
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