Autor(es): Mariano, Rui Miguel Viola Fragoso, 1986-
Data: 2013
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/11067/238
Origem: Lusíada - Repositório das Universidades Lusíada
Assunto(s): Acesso livre a pessoas com deficiência visual; Cegos - Orientação e mobilidade; Espaço (Arquitectura)
Mestrado integrado em Arquitectura
Exame público realizado em 22 de Janeiro de 2013
Esta dissertação tem como propósito assimilar a experiência dos cegos sobre o espaço arquitectónico e, por conseguinte, entender a experiência como um fenómeno tanto na interpretação de espaço arquitectónico como no processo criativo de arquitectura. Para tal, esta investigação sustenta-se nas experiências de participantes cegos em espaços escolhidos de forma determinada pelo autor, sendo eles a Igreja de Nossa Sra. do Rosário de Fátima, a Igreja de Nossa Sra. de Fátima em Belém, e a Baixa Pombalina, todos estes locais situados na cidade de Lisboa. Para este efeito, esta dissertação procura compreender que a experiência em si é singular, quer isto dizer que o modo da relação entre o observador e o espaço é ímpar. Pretende-se perceber a experiência do cego com o espaço arquitectónico consequente do acordo dos atributos sensoriais e perceptivos do observador, com os sinais do espaço arquitectónico e dos intervenientes. Estes elementos por sua vez manifestam-se no tempo e no espaço. Conclui-se que o modo como se realiza a própria experiência é fenomenológica, nomeadamente a o processo criativo da arquietctura. Demonstra-se que a experiência do arquitecto moderno sobre o espaço e o lugar consiste na percepção do todo e só após das suas partes, enquanto que este estudo revela uma abordagem arquitectónica que parte da descoberta das partes possibilitando a construção do todo.
