Autor(es):
Lopes, Pedro Miguel Salgueiro, 1981-
Data: 2017
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/11067/3637
Origem: Lusíada - Repositório das Universidades Lusíada
Assunto(s): Planeamento urbano - Brasil - Rio de Janeiro; Renovação urbana - Brasil - Rio de Janeiro
Descrição
Dissertação de mestrado integrado em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa, 2013.
Exame público realizado em 19 de Fevereiro de 2014.
Desde o século passado que o Brasil e principalmente o Rio de Janeiro têm enfrentado diversos problemas a nível habitacional. A ocupação de morros cujos são terrenos não adequados para a construção acontece há varias décadas. Proliferam na década de quarenta, com a migração da população rural para o espaço urbano, aliado à dificuldade do poder público em criar políticas habitacionais adequadas. A erradicação e o deslocamento para a periferia sempre foram as práticas mais utilizadas, no entanto, sempre sem bons resultados. Hoje reconhece-se a importância que a memória desses lugares têm a nível cultural e social. Assim, interpreta-se três conceitos, a Conservação, a Integração e a Unidade, a partir de três intervenções de referência, no Complexo da Rocinha, Alemão e Manguinhos, todas na cidade do Rio de Janeiro. O procedimento que revela a importância de manter a estéctica, a plasticidade e a cultura dos assentamentos informais. Procura-se explorar na intervenção de Alcântara as mesmas directerizes, desta vez, recorrendo ao método de trabalho do arqueológico, desenterra-se o passado para se descobrir parte da história no futuro. Têm como objectivo reflectir sobre as intervenções que acontecem na cidade consolidada, na dualidade dos lugares (formal e informal) e os métodos de intervenção, que muitas vezes são elaborados através de matrizes e regras rígidas e poucas vezes é respeitado o modo como é vivenciado e, acabando por se excluir as qualidades do espaço diversificado. Encontrar a identidade destes lugares, identidade que os moradores dão a estes lugares, seja em Lisboa ou no Rio de Janeiro. Os lugares são feitos pelas pessoas, e cabe aos técnicos participantes entender essas qualidades e desenvolve-Ias, onde a precariedade (Emergência) não pactua com a diversidade dos lugares (Alteridade).