Autor(es):
Barbosa, Rita Mafalda Ildefonso Coelho de Sousa, 1988-
Data: 2014
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/11067/869
Origem: Lusíada - Repositório das Universidades Lusíada
Assunto(s): Favelas - Brasil - São Paulo; Sem-abrigo - Brasil - São Paulo; Arquitectura de habitação - Aspectos económicos; Planeamento urbano - Brasil - São Paulo
Descrição
Dissertação de mestrado integrado em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa, 2014
Exame público realizado em 9 de Abril de 2014
No presente estudo procuramos pensar a arquitectura como um meio de resposta às crises urbanas. Deste modo, procuramos compreender o que está na origem da crise e as suas consequências com reflexo na cidade, logo na vida quotidiana das pessoas. A revolução industrial, iniciada em meados dos século XVIII, foi o factor primário para a crise urbana. A consecutiva urbanização e o processo de mudança das cidades em organismos ou territórios metropolitanos, é um processo ainda a decorrer passados dois séculos. O processo de ― metropolização caracterizou-se em paralelo pela aglomeração de instalações industriais e pela concentração de população devido ao êxodo rural. A crise gerou novos padrões de desigualdade sócio-espacial nas grandes cidades, marcadas pelas grandes instabilidades, as últimas das quais surgem na década de 80 do século XX. Emergem outros temas como a pobreza e a exclusão social. Nasce um dos grandes problemas urbanos: os moradores de rua. A problemática surge de uma não articulação dos mesmos com a sociedade urbana mas paradigmaticamente são parte dela. Surge a questão de como estes excluídos podem criar espaços nas metrópoles, como uma conduta de sobrevivência. O desafio aos arquitectos é o de incluir em espaços da cidade os moradores de rua. Procuramos assim a importância de compreender a cidade enquanto sistema constantemente em crise, gerando desigualdade, que são oportunidades de reflexão por parte dos arquitectos no sentido de servirem, incluindo.