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A importância da suplementação de iodo nas grávidas em Portugal

Autor(es): Lucas, Catarina Alexandra Ferreira da Silva

Data: 2014

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.6/4868

Origem: uBibliorum

Assunto(s): Concentração Urinária de Iodo; Gravidez; Iodo; Suplementação de Iodo; Tiroide; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina


Descrição

O iodo é um nutriente essencial para a produção de hormonas tiroideias e estas, por sua vez são cruciais para o normal neurodesenvolvimento das crianças. Na gravidez as necessidades iodadas são maiores devido a um conjunto de processos que ocorrem por forma a assegurar a síntese de hormonas tiroideias em quantidades suficientes e manter o eutiroidismo materno e fetal. A carência deste elemento acarreta um conjunto de patologias tanto para a mãe como para o feto conhecidas como “distúrbios por défice de iodo”. Atualmente o cretinismo, o quadro clínico mais severo do défice de iodo, não é encontrado com muita frequência. Em termos gerais, os défices de iodo nas crianças são ligeiros a moderados pelo que as suas manifestações são mais subtis e ténues. Nos últimos anos têm sido realizados estudos um pouco por todo mundo para melhor caracterizar o estado de nutrição de iodo da população em geral, mas principalmente dos grupos mais suscetíveis (grávidas e crianças). Esses resultados demonstraram que 13% da população mundial tem um aporte inadequado de iodo, evidenciado pela baixa concentração média urinária de iodo, e consequentemente necessidade de implementar estratégias de prevenção e correção para combater este problema de saúde pública. Portugal não foi exceção e em agosto de 2013 a Direção-Geral da Saúde publicou uma Norma de Orientação Clínica que recomenda a suplementação de iodo em mulheres na preconceção, gravidez e amamentação, sob a forma de iodeto de potássio (150-200 µg/dia). Esta orientação vai ao encontro de estudos realizados recentemente que demonstraram que as grávidas portuguesas têm um aporte de iodo insuficiente.

Iodine is an essential nutrient to produce thyroid hormones which are crucial for the normal neurodevelopment of children. The iodine needs in pregnancy are higher due to a set of processes which occur to ensure the thyroid hormones production in sufficient quantities and to maintain the maternal and fetal euthyroidism. The lack of this element brings a set of pathologies both for the mother and fetus known as iodine deficiency disorders. Currently the cretinism, the most severe iodine deficiency medical condition, is not frequently found. Generally, the iodine deficiencies in children are mild to moderate and the manifestations are more subtle and tenuous. Over recent years, studies have been carried throughout the world in order to provide a better characterization of the iodine nutrition status in the global population, but mainly in the susceptible groups (pregnant women and children). These results showed that 13% of the world population has an inadequate iodine intake, showed by low urinary iodine concentrations, and consequently a need to implement prevention and control strategies to address this public health problem. Portugal is not an exception and in August 2013 the Direção-Geral da Saúde published a Norma de Orientação Clínica (Medical Guideline) recommending the iodine supplementation in women before pregnancy, in pregnancy and breastfeeding, in the form of potassium iodide (150-200 µg/day). This orientation meets recent studies results which showed that pregnant Portuguese women have insufficient iodine intake.

Tipo de Documento Dissertação de mestrado
Idioma Português
Orientador(es) Calvário, Maria Eugénia dos Santos
Contribuidor(es) uBibliorum
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