Autor(es):
Crisóstomo, Maria Rosa Rebordão Cordeiro Simões
Data: 2018
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.5/15134
Origem: Repositório da UTL
Projeto/bolsa:
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/3599-PPCDT/PTDC%2FCVT%2F121805%2F2010/PT;
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/3599-PPCDT/PTDC%2FCVT-REP%2F4202%2F2014/PT;
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/5876/UID%2FCVT%2F00276%2F2013/PT;
Assunto(s): Oxytocin; neutrophil extracellular traps (NETs); mare; endometrial fibrosis; prostaglandins; Oxitocina; redes extracelulares dos neutrófilos (NETs); égua; fibrose do endométrio; prostaglandinas
Descrição
Tese de Doutoramento em Ciências Veterinárias, Especialidade de Ciências Biológicas e Biomédicas.
Two reproductive topics in mares were addressed in this thesis. The aims of the studies were to evaluate: (i) the effect of chronic oxytocin administration to mid-luteal phase mares on luteal maintenance and its cellular and molecular mechanisms at endometrial level; (ii) the capacity of equine neutrophils to produce neutrophil extracellular traps (NETs) in vitro when stimulated with bacteria obtained from mares with endometritis, and to determine if NETs release also occurred in vivo in mares with endometritis; (iii) the in vitro effects of some NETs components on mare endometrial fibrogenic capacity and to determine if they could depend on endometrial inflammatory lesions or estrous cycle phases; and (iv) the involvement of PGF2α and PGE2 pathways in collagen deposition on mare endometrium, challenged with NETs proteases. In the first study, luteal maintenance occurred in 67% of oxytocin treated mares, which may be related to oxytocin and progesterone (PGR) receptors spatial expression in endometrium. Reduction of endometrial estrogen receptor 2 (ESR2) may be responsible for the maintenance of PGR in luminal and glandular epithelium and may attenuate ESR1 endometrial transcriptional activity. Equine neutrophils were able to release NETs in the presence of bacteria that cause mare endometritis, and might be a complementary mechanism to fight endometritis. By in vitro studies with NETs proteases, increased collagen type I (COL1) production characteristic of fibrosis was observed, although endometrial response to each NETs protease depended on estrous cycle and/or endometrial category. Also, NETs proteases were linked to fibrogenesis, by increased synthesis of PGF2a and/or PGF2a receptor transcripts and impaired PGE2 or PGE2 receptor 2 transcripts associated to increased COL1. These effects were influenced by endometrium type and estrous cycle phases. Injury induced-changes on PG mediators by NETs components may instigate PGF2α or PGE2 vias, as additional pathways in mare endometrial fibrogenesis.
RESUMO - Endométrio da égua: envolvimento fisiológico e patológico de hormonas e de redes extracelulares de neutrófilos - Nesta tese foram abordados dois temas reprodutivos em éguas. Os objectivos destes estudos consistiram na avaliação: (i) da administração crónica de ocitocina na manutenção do corpo lúteo em éguas na fase lútea média, e os mecanismos celulares e moleculares no endométrio; (ii) da capacidade dos neutrófilos equinos para produzirem redes extracelulares de neutrófilos (NETs) in vitro e in vivo quando estimulados com bactérias de éguas com endometrite; (iii) dos efeitos in vitro de componentes das NETs na fibrogénese do endométrio equino e sua associação com lesões inflamatórias no endométrio ou com o ciclo éstrico; e (iv) do envolvimento das vias da PGF2α e PGE2 na deposição de colagénio no endométrio da égua, incubado com proteases das NETs. No primeiro estudo, o prolongamento da função lútea em 67% das éguas tratadas com ocitocina, parece estar relacionado com alteração da expressão espacial dos receptores de ocitocina e progesterona (PGR) no endométrio. A diminuição do receptor 2 dos estrogénios (ESR2) pode ser responsável pela manutenção do PGR no epitélio luminal e glandular do endométrio e atenuar a transcrição do ESR1. Os neutrófilos equinos libertaram NETs na presença de bactérias causadoras de endometrite podendo ser um mecanismo complementar no combate à endometrite. As proteases das NETs in vitro aumentaram a produção de colagénio do tipo I (COL1), característico de fibrose, no endométrio, embora a resposta a cada protease dependesse do ciclo éstrico e/ou da categoria do endométrio. O aumento do COL1 associado ao incremento de PGF2α e/ou da transcrição do seu receptor e à diminuição da PGE2 e/ou do seu receptor 2, parecem implicar as prostaglandinas e as proteases das NETs na fibrogénese no endométrio equino. Alterações nos mediadores das prostaglandinas, induzidas pelos componentes das NETs, podem instigar as vias da PGF2a ou da PGE2, como mecanismos adicionais de fibrose do endométrio da égua.