Frei Manuel do Cenáculo, franciscano de formação, foi Bispo de Beja e Arcebispo de Évora e, nestas cidades, entre os finais do séc. XVIII e 1814, acumulou importantes colecções de arte, arqueologia e história natural, que expôs à fruição pública. Tendo sido sobretudo um "anticómano", acumulador de objectos antiquários, a sua adesão ao coleccionismo naturalista perfilha os princípios da escola da Teologia Natura...
Os seis anos que decorrem entre o fim do pombalismo e o início das viagens de exploração científica aos territórios ultramarinos (1777-1783) assinalam uma mudança decisiva na natureza institucional dos estabelecimentos científicos e museológicos da Ajuda. O Real Museu e o Jardim Botânico mantêm os laços orgânicos à Casa Real, até pela proximidade física ao Palácio, e continuam a cumprir os objectivos cortesãos ...
O texto reflecte uma pesquisa sobre as políticas públicas de património cultural efectuadas nos municípios da região noroeste do Estado brasileiro de Minas Gerais, muito em particular na cidade de João Pinheiro. Analisa-se o papel desempenhado pelos gestores públicos na preservação dos bens culturais e da memória histórica destes territórios.
O texto é o resultado de uma pesquisa efectuada no ensino da disciplina universitária de Educação Étnico-Racial nos Cursos de História, Geografia e Pedagogia na região noroeste do Estado brasileiro de Minas Gerais. O método utilizado foi o da entrevista, no ano de 2017, a 30 docentes de instituições de ensino de quatro destes municípios mineiros.
A figura do bispo de Beja e arcebispo de Évora, Dom Frei Manuel do Cenáculo, é neste texto integrado, enquanto coleccionista e cultor da cultura material antiga, nos ideais da cultura europeia setecentista. A ele se fica a dever, entre outras notáveis criações, o actual Museu Nacional de Évora.
Utilizando como fontes primaciais a correspondência entre a Administração e os responsáveis pelo Jardim Botânico da Ajuda (1768-1808), bem como o testemunho de viajantes europeus, comprava-se a importância deste estabelecimento setecentista no trânsito imperial Oriente-Lisboa-Brasil de inúmeras espécies naturais.
Enquadra-se o movimento de autonomia das colónias norte-americanas face à Inglaterra, na tradição constitucional, no contratualismo e no direito natural, fundamentos da ciência política que os colonos consideravam terem sido desrespeitados pelo poder real inglês no período subsequente à Guerra dos Sete Anos. Os Artigos da Declaração de Direitos da Virgínia, aqui reproduzidos em anexo, autorizam a leitura propos...
Identificam-se factores da crise contemporânea do conceito tradicional de museu e propõem-se estratégias culturais e simbólicas para a sua superação.
Propõe-se uma avaliação da relação quantidade/qualidade dos actuais museus da região Alentejo. O balanço efectuado sublinha a emergência de um ciclo novo, mais moderno e qualificado, e da crescente importância da relação das instituições museais (privadas, estatais e municipais) com o desenvolvimento do território.
Garcia da Orta foi uma das referências dos naturalistas portugueses de Setecentos, não só pelo conteúdo, como pelo exemplo de, em Goa, ter criado um 'horto', onde cultivava os 'simples' - as plantas medicinais - e aclimatava as espécies vegetais exóticas. Este tipo de 'horto' renascentista criou, pois, uma tradição cultural, apesar de não apresentar um carácter de generalização e de carácter científico a que as...