Embora ocupe um lugar axial no cânone da literatura portuguesa, não teve a obra de Garrett um destino editorial privilegiado. Muitos dos seus títulos são hoje de difícil acesso, poucos foram alvo de fixação textual rigorosa, alguns inéditos per manecem ignorados, andam dispersos e esquecidos na imprensa periódica oitocentista muitos e muitos dispersos seus. No desejo de colmatar essas falhas, uma equipa de inve...
A magia sugestiva da arte, com realce para a obra dos escritores Charles Baudelaire e Guillaume Apollinaire.
Reagindo contra a ideia de que a língua literária tivesse congelado num padrão aferido pelos autores canónicos do passado, os românticos consideram as línguas organismos vivos, submetidos à evolução histórica e à variabilidade individual - um instrumento verbal dúctil e matizado para poder pensar e dizer o mundo do seu tempo.
Partindo das circunstâncias histórico-culturais em que o Romantismo se insere, procura-se mostrar que dele germina todo o devir literário posterior, por beneficiar da abertura que o seu modo novo de equacionar a Arte desencadeou.
Acompanhando a evolução do romance e do drama românticos, conclui-se que eles, para além de criarem a ductilidade da língua literária moderna e de popularizarem a literatura, souberam dar conta da profundidade de vivências humanas e tornar-se reflexo de uma situação histórica que transformou profundamente a sociedade e preparou os indivíduos para novas formas de ver e de pensar o mundo.