Risco: educação artística: A educação artística enfrenta o risco de desaparecimento gradual do seu habitat da educação formal ao mesmo tempo que a sociedade civil cada vez mais a reclama, no contexto das instituições que dependem do sucesso dos públicos e dos visitantes. Assiste-se a uma contradição de termos que parece ser originária de uma liberalização cognitiva: este parece ser um paradigma para ficar. O ne...
As matérias-primas têm as marcas da sua origem, da sua localidade. Mas também é verdade que o centro de um processo educativo é não raramente desequilibrado pelas tensões hegemónicas e culturais. A reprodução do saber e da habilitação simbólica é uma das agências da hegemonia cultural. Perante os discursos hegemónicos, pós colonizadores, há propostas de resistência: a contextualização, o valor cultural local, a...
A educação artística passa por circunstâncias paradoxais, que se originam na sua essencialidade plástica: o desenho cada vez é menos praticado no papel e cada vez é mais praticado no ecrã. A experiência plástica do corpo a corpo, da “afinidade” através da convenientia, da aemulatio, da analogia, e das simpatias (Foucault), pode já ser cada vez mais reduzida, ou mesmo residual. Hoje a experiência digital anteced...
A educação pela arte faz-se através dos seus materiais, da sua operação, da transformação das matérias em ideias novas, em novas coisas. No seu sucesso está implicada uma literacia, uma capacidade interpretativa, ou crítica, sobre a semiosfera cada vez mais povoada, saturada de mensagens parasitárias. A educação implica uma leitura do mundo (Paulo Freire), que se projeta na interpretação de todas as camadas de ...