Edição de o «Naufrágio do Vapor Santarense», um manuscrito inédito, de 1897, escrito num caderno em forma epistolar, por António de Mendonça Freire, aspirante a escritor.
A crença em fantasmas (pessoas que morreram e regressam momentaneamente do Outro Mundo a este ou que, então, não conseguem sair deste mundo e passar para o outro) é provavelmente uma crença universal. É pelo menos, sem dúvida, uma crença atestada em numerosíssimos países de todos os continentes, desde as épocas mais recuadas até hoje em dia, quer na literatura escrita quer sobretudo na literatura oral. Trata-se...
Em números anteriores da E. L. O., ainda não tinha infelizmente sido possível saudar o aparecimento destas duas obras de Pere Ferré e seus colaboradores, que constituem um decisivo passo em frente nos estudos sobre o romanceiro português.
Depois do volume dedicado aos Contos (saído em 2004), estamos em presença do II vol. do Património Oral do Concelho de Loulé. Com esta série de volumes (em que está previsto se integrem mais dois), Loulé passará a dispor de uma obra que, tanto quanto sei, não tem análogo noutros concelhos de Portugal e é muito importante por várias razões.
Em 2002, foram publicadas duas obras de enorme importância para o conhecimento do romanceiro açoriano. Começarei por me referir ao Romanceiro Tradicional das Ilhas dos Açores, I: Corvo e Flores.1 Este é o primeiro de um conjunto de volumes que dará a conhecer os romances recolhidos no arquipélago, em 1969-70, por Joanne B. Purcell, deixados inéditos na sua quase totalidade pela morte prematura desta investigado...
Foi em 1985 que, primeira vez, nos interessámos pelo Romanceiro do Algarve. Estávamos, na altura, a preparar os comentários para a série televisiva O Romanceiro, de que fomos o autor. Ao chegarmos às duas versões madeirenses de Testamento de Fernando I + Queixas de D. Urraca + Afuera, afuera, Rodrigo que surgem na série, fomos ler a versão publicada por Estácio da Veiga, a primeira atestação portuguesa daqueles...
A província de Trás-os-Montes tem sido considerada, desde as colectas de Leite de Vasconcelos, como a mais rica região portuguesa no que diz respeito à poesia oral. Esta afirmação é feita sobretudo a respeito do distrito de Bragança, onde, ao longo de mais dum século, se têm sucedido as recolhas, nomeadamente de romances. Pelo contrário, o distrito de Vila Real, embora seu vizinho, tem sido, paradoxalmente, m...
Depois das importantes colecções de romances conseguidas entre os imigrantes portugueses da América do Norte (Canadá,Nova Inglaterra e Califórnia) e em Portugal (ilha de S. Jorge e distrito de Bragança), o Prof. Manuel da Costa Fontes acaba de enriquecer este campo de estudos com uma nova e monumental obra: "O Romanceiro Português e Brasileiro. Índice Temático e Bibliográfico"
Numa época em que a literatura oral, no nosso país e no resto do mundo, é, finalmente, estudada com a atenção que merece, parece-nos fazer todo o sentido dedicar este trabalho de síntese ao estudo dum dos subgéneros fundamentais dessa literatura em Portugal: o romanceiro.
Desde o inicio dos anos 80 que a Andaluzia conta com um grupo de entusiastas pela recolha e estudo da literatura oral, nomeadamente do romanceiro.