Description
Introdução: A administração de surfactante por técnica minimamente invasiva (MIST) é um procedimento que visa reduzir o número de intubações e riscos associados. O objetivo deste estudo foi comparar a técnica MIST com a técnica INtubation-SURfactant-Extubation (INSURE). Material e métodos: Análise retrospetiva (de janeiro 2015 a junho 2019) de recém-nascidos (RN) pré-termo sob ventilação não invasiva com pressão positiva contínua nas vias aéreas (nCPAP) tratados com surfactante. Resultados: Foram incluídos 54 RN, que foram divididos em dois grupos: MIST (n=34) e INSURE (n=20). Não foram observadas diferenças significativas entre grupos relativamente à idade gestacional (p=0.480), peso ao nascer (p=0.299), fração inspirada de O2 (FiO2) prévia ao surfactante (p=0.220), duração da oxigenoterapia (p=0.306), progressão para intubação (p=0.712) ou tempo de permanência na unidade de cuidados intensivos neonatais (p=0.778). A variação de FiO2 antes e após a administração de surfactante foi maior no grupo MIST (14% vs 9%, p=0.078). Nenhuma das técnicas registou complicações relevantes. Conclusões: MIST é uma técnica segura em RN pré-termo em nCPAP. Este estudo evidencia resultados semelhantes entre as técnicas MIST e INSURE, com uma maior diminuição das necessidades de FiO2 com a técnica MIST. Pode concluir-se que a técnica MIST é menos invasiva e tão eficaz como a INSURE.
Introduction: Minimally invasive surfactant therapy (MIST) is a surfactant administration procedure that intends to reduce intubations and associated risks. The aim of this study was to compare MIST with INtubation-SURfactant-Extubation (INSURE) technique. Material and methods: Retrospective analysis (from January 2015 to June 2019) of preterm infants on nasal continuous positive airway pressure (nCPAP) treated with surfactant. Results: Fifty-four preterm infants were included and divided in two groups: MIST (n=34) and INSURE (n=20). No significant differences were found between groups regarding gestational age (p=0.480), birth weight (p=0.299), fraction of inspired oxygen (FiO2) prior to surfactant (p=0.220), oxygen therapy duration (p=0.306), progression to intubation (p=0.712), or length of Neonatal Intensive Care Unit stay (p=0.778). FiO2 variation before and after surfactant administration was higher in MIST group (14% vs 9%, p=0.078). No significant complications were reported with either technique. Conclusions: MIST is a safe technique in preterm infants on nCPAP. This study shows similar outcomes with MIST and INSURE procedures, with a greater reduction in FiO2 requirements with MIST. Overall, MIST is less invasive and as effective as INSURE in preterm infants.