Author(s):
Linhares, Sandra Maria Carneiro Delgado ; Baptista, Gorete
Date: 2025
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10198/31023
Origin: Biblioteca Digital do IPB
Subject(s): Gestão de antimicrobianos; Enfermeiras e enfermeiros; Resistência microbiana a medicamentos
Description
O stewardship antimicrobiano envolve estratégias (plano de ação geral) e intervenções (ações específicas a implementar), com o objetivo de otimizar a prescrição e os resultados clínicos dos antimicrobianos, bem como minimizar efeitos indesejados, como a resistência. A participação dos enfermeiros é crucial neste processo, embora a sua contribuição na gestão antimicrobiana ainda seja limitada. Objetivo: Analisar as práticas de stewardship antimicrobiano realizadas por enfermeiros e identificar fatores que influenciam essas práticas. Métodos: Estudo analítico transversal realizado numa amostra de 182 enfermeiros dos serviços de medicina interna, medicina intensiva e serviços cirúrgicos. Foi aplicado um questionário construído com base em Padigos et al. (2022). Cumpridos os pressupostos éticos. A análise dos dados foi realizada no IBM SPSS Statistics 24.0. Resultados: As práticas mais frequentes entre os enfermeiros incluíram a verificação da duração dos tratamentos antimicrobianos (40,9%), a consulta dos resultados microbiológicos (34,3%) e a discussão com a equipa sobre a mudança do antimicrobiano da via endovenosa para oral (35,6%). A consulta das orientações antimicrobianas do hospital foi realizada algumas vezes pelos enfermeiros (35,5%), assim como a “discussão” com o prescritor para rever a prescrição antimicrobiana (27,1%) e o questionamento sobre a necessidade do antibiótico (31,1%). Os enfermeiros do serviço de medicina interna, nomeadamente os enfermeiros homens, apresentaram uma maior frequência de práticas de stewardship antimicrobiano (p value <0,05). Conclusão: O estudo destaca a necessidade de maior envolvimento dos enfermeiros na gestão de antimicrobianos, sugerindo a criação de protocolos específicos e a