Author(s):
Sousa, Salomé ; Andrade, Maria João ; Fernandes, Carla Sílvia ; Barbeiro, Sara ; Teixeira, Vanessa ; Preto, Leonel ; Martins, Maria Manuela
Date: 2025
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10198/34897
Origin: Biblioteca Digital do IPB
Subject(s): Lesões da medula espinal; Enfermagem de reabilitação; Marcha; Autocuidado; Hospital
Description
O autocuidado andar é frequentemente afetado na pessoa com lesão medular originando estados de dependência adquirida. Ainda durante a fase aguda, um programa de reabilitação deve ser iniciado, tendo em vista a recuperação funcional e o desenvolvimento de estratégias à nova condição. Objetivo: Compreender as vivências sobre o autocuidado andar na pessoa com lesão medular incompleta, na fase aguda. Métodos: Estudo qualitativo, de cariz fenomenológico, com recurso a entrevistas semiestruturadas a dezasseis participantes. Análise de conteúdo temático-categorial, com auxílio da ferramenta Atlas-Ti. Categorias baseadas na Teoria do Défice de Autocuidado de Enfermagem. Resultados: Foram identificadas cinco categorias que resultam das necessidades relacionadas com o autocuidado andar, desde a Conscientização do Défice de Autocuidado, que envolveu sentimentos de medo e ansiedade de não recuperar o andar, até a Participação na Reabilitação, que fez emergir a motivação e esperança na recuperação. A Necessidade de Aceitação surgiu do confronto inicial com a cadeira de rodas. Na categoria Condicionantes do Autocuidado Andar destacaram-se sentimentos como o medo de cair e na categoria Promotores do Autocuidado Andar foram valorizados ambientes favorecedores de aprendizagem e sentimentos de alegria e otimismo na recuperação do andar. Conclusão: Vivências marcantes sobre o autocuidado andar iniciam-se no internamento inicial após lesão medular. Os profissionais de saúde deverão integrar e desenvolver os cuidados nas áreas manifestadas neste estudo, para incrementar atitudes de autocuidado e potenciar a reconstrução da autonomia.