Autor(es): Amorim, Pedro ; Carrera, Pablo ; Feijó, Diana ; Mendes, Hugo ; Silva, Dina ; Silva, Andreia V. ; Moreno, Ana
Data: 2022
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/59392
Origem: Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Autor(es): Amorim, Pedro ; Carrera, Pablo ; Feijó, Diana ; Mendes, Hugo ; Silva, Dina ; Silva, Andreia V. ; Moreno, Ana
Data: 2022
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/59392
Origem: Instituto Português do Mar e da Atmosfera
A campanha PELAGO22 decorreu do dia 01 ao 31 de março de 2022, e foi subdividida em duas partes. A primeira, de 01 a 09 de março, foi realizada a bordo do Navio de Investigação Miguel Oliver e a segunda, de 12 a 31 de março, no Navio de Investigação Vizconde de Eza, num total de 24 dias de trabalho no mar. A necessidade de troca de navio, entre as duas partes, deveu-se ao significativo agravamento de falhas elétricas pontuais existentes no navio Miguel Oliver. Na campanha foram rastreadas cerca de 1120 milhas náuticas (71 radiais), cobrindo a plataforma continental de Portugal e a Baía de Cádis(em Espanha), tendo-se realizado 42 lances de pesca pelágica. Foram ainda realizadas 29 operações de pesca complementares com a embarcação de cerco “Deus Não Falta”. O objetivo da campanha PELAGO22 foi determinar a distribuição espacial da sardinha, biqueirão e cavala, e estimar a sua abundância e biomassa, assim como avaliar a estrutura da comunidade de peixes pelágicos, a distribuição e abundância de ovos e larvas, o censo de aves e mamíferos e a caracterização das condições ambientais na plataforma continental portuguesa e Baia de Cádis. A energia acústica de peixe do total da campanha PELAGO22 foi mais elevada do que em 2020 e 2021. A maioria dos cardumes ocorreram entre os 10 e 40 m de profundidade, uma distribuição mais costeira do que nas campanhas anteriores. Foram estimadas cerca de 809 mil toneladas de sardinha correspondendo a 18 907 milhões de indivíduos, o que representa um aumento de 94% na biomassa e de 73% na abundância, em relação ao ano anterior. O biqueirão aumentou 64% na biomassa e 11% na abundância, em relação a 2021, tendo sido estimadas 121 mil toneladas e cerca de 5 636 milhões de indivíduos. Por outro lado, as 11 mil toneladas (106 milhões de indivíduos) de cavala estimadas representam uma diminuição na biomassa de 37% (e de 34% na abundância), em relação à campanha homóloga do ano anterior. Outras espécies ocorreram com frequência relevante nos arrastos pelágicos: carapau (43 %), boga (19 %) e sarda (19%). A estrutura da comunidade pelágica evidenciou diferenças geográficas semelhantes aos anos anteriores.