Author(s):
Jorge, André ; Alexandre, C.M. ; Almeida, P.R. ; Machado, M. Graça ; Gomes da Silva, Marco R. ; Lança, M.J.
Date: 2021
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/29329
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): achigã; perfil nutricional; albufeiras; alentejo
Description
A importância da pesca recreativa de águas interiores aumentou significativamente nos últimos 20 anos em território nacional, contribuindo para o desenvolvimento de diversas áreas rurais localizadas perto dos principais pesqueiros. Apesar de atualmente possuir uma menor relevância quando comparada com a pesca profissional realizada em ambientes marinhos ou estuarinos, a pesca em águas interiores possui também um elevado interesse económico e gastronómico, envolvendo um grande número de participantes. Em Portugal, os locais de maior preferência para a pesca recreativa e/ou desportiva são as albufeiras. Todavia este tipo de ecossistema apresenta particularidades, nomeadamente as localizadas nas zonas mediterrânicas como é o caso do Alentejo, sendo de destacar as baixas concentrações de oxigénio associadas à eutrofização na época estival (Almeida et al., 2017). O achigã (Micropterus salmoides Lacépède, 1802) é uma das espécies mais procuradas pelos pescadores recreativos em todo o mundo. Em Portugal, e sobretudo no Alentejo, esta espécie não-indígena continua a ser muito consumida pelos pescadores, sendo que em algumas regiões é mesmo descrita como um importante produto gastronómico e cultural. Todavia, não existe qualquer informação sobre o perfil nutricional da sua parte edível. A sustentabilidade dos recursos naturais, aliada à qualidade do pescado, são desafios que preocupam a sociedade atual e para o qual os consumidores exigem resposta.