Author(s): Costa, Rosalina ; Sales Oliveira, Catarina ; Araújo, Emília
Date: 2021
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/29890
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): Mobilidade; Quotidiano; Tempo
Author(s): Costa, Rosalina ; Sales Oliveira, Catarina ; Araújo, Emília
Date: 2021
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/29890
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): Mobilidade; Quotidiano; Tempo
Não deixa de ser irónico que um dossiê temático dedicado à mobilidade venha à estampa numa altura em que vivemos uma chamada generalizada para a suspensão e imobilidade. À primeira vista, este parece ser um dossiê desse outro tempo; o tempo em que a pressa e a velocidade ditavam os ritmos quotidianos, antes que a letal pandemia gerada pelo SARS-CoV-2 impusesse a espera e a lentidão à escala global. Porém, como o sketch que ilustra a capa tão bem sugere, ontem, como hoje, a mobilidade é diversa e polissémica. Faz-se dos percursos de quem “vai e vem”, mas também da estaticidade de “quem pára”, “fica” ou “permanece”. Não por acaso, o verbo que escolhemos para a conjugar constitui, porventura, aquele que mais bem dá conta da dimensão totalizante da mobilidade na vida dos indivíduos. Viver a mobilidade é – também – viver as aparentes contradições e avessos que a oposição entre o presente e o passado pré-pandémico não criou, apenas tornou mais visíveis.