Autor(es): Alho, Laura ; Pinho, Lara ; Alfredo, Tomé
Data: 2022
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/31661
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Autor(es): Alho, Laura ; Pinho, Lara ; Alfredo, Tomé
Data: 2022
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/31661
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Introdução: as doenças mentais interferem no funcionamento psicológico, social e ocupacional, pelo que sempre foi difícil para a sociedade o seu entendimento, estando, na antiguidade, relacionada a componentes esotéricos. Dada a incompreensão da sociedade perante estas doenças, o estigma é uma realidade atual, sendo muitos os mitos associados. Objetivo: avaliar a fiabilidade e validade da Escala Mitos na Doença Mental e avaliar os mitos na sociedade portuguesa associados à doença mental. Método: estudo quantitativo, metodológico, transversal e descritivo, com uma amostra de 394 participantes da sociedade portuguesa. Foi aplicado um questionário sociodemográfico e uma escala sobre mitos em doenças mentais, ambos desenvolvidos pelos autores para a presente investigação. Pretendeu-se verificar a existência de vieses relacionados aos mitos em diferentes grupos, nomeadamente entre os sexos, sofrendo ou não de doença mental, trabalhando ou não na área da saúde mental, e possuindo um familiar com doença mental. Resultados: obtiveram-se diferenças estatisticamente significativas entre os sexos (t=-2,004; p<0,05), sendo que os homens apresentaram mais mitos associados à doença mental, do que as mulheres, e na área de trabalho (t=-3,591; p<0,001), em que quem trabalhava na área da saúde mental apresentou menos mitos associados. Conclusão: os resultados indicam que as pessoas que não lidam com doenças mentais profissionalmente têm mais mitos associados à doença mental. Recomenda-se a implementação de estratégias que visem reduzir os mitos da população, de modo a reduzir o estigma associado e as consequências do mesmo na reabilitação da pessoa com doença mental.