Author(s):
Viseu, João ; Jesus, Saúl Neves ; Rodrigues, Sandra ; Ruiz, Ana Paula ; Semedo, Carla
Date: 2024
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/37160
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): COVID-19; Engagement no trabalho; Exigências emocionais; Exigências-Recursos; Recursos laborais estruturais
Description
A pandemia de COVID-19 contribuiu para uma degradação das condições psicossociais de trabalho (e.g., aumento das exigências emocionais), especialmente em profissões ligadas à área dos serviços humanos. Para atenuar os efeitos negativos dos fatores de risco psicossociais nos processos de trabalho é fulcral identificar possíveis variáveis moderadoras. Esta investigação testou o papel moderador dos recursos laborais estruturais (i.e., fatores relacionados com as funções e que podem ser modificados) na relação entre as exigências emocionais e o engagement no trabalho numa amostra de psicólogos portugueses, seguindo as premissas do Modelo Job Demands-Resources (JD-R). Foi adotada uma metodologia quantitativa recorrendo a um design transversal e a instrumentos de autorresposta. Participaram neste estudo 963 psicólogos (89.4% do sexo feminino), a maioria com 35-44 anos (39.5%) e que trabalha entre 36-40 horas semanais (36.9%). Observou-se que os recursos laborais estruturais moderaram a relação entre as exigências emocionais e o engagement no trabalho, i.e., à medida que os recursos estruturais do trabalho aumentam menor será o efeito prejudicial das exigências emocionais no engagement no trabalho. Pode-se concluir que as organizações devem facultar aos seus trabalhadores estratégias de desenvolvimento pessoal e profissional, bem como devem estimular a sua autonomia no desempenho das funções.