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EFEITOS DA IMUNOCASTRAÇÃO DE MACHOS SUÍNOS DE RAÇA ALENTEJANA NO DESENVOLVIMENTO TESTICULAR, DESEMPENHO E NA CARCAÇA E CARNE


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Para estudar e validar métodos alternativos à castração cirúrgica em machos suínos de Raça Alentejana, foi realizado um estudo no âmbito do projeto “SUMO: Sustentabilidade do Montado” sobre a eficácia e efeitos da imunocastração (IMC). Monitorizaram-se 30 machos entre os 5 e os 14 meses, divididos em 3 grupos experimentais de 10 animais cada: Grupo C – controlo com animais submetidos a orquiectomia; Grupo IMCP – animais sujeitos a um protocolo de IMC precoce com 4 administrações de Improvac®, iniciadas aos 5 meses de idade; e Grupo IMCT – animais sujeitos a um protoloco de IMC tardia com 3 administrações de Improvac®, iniciadas aos 10 meses de idade. Ao abate, os testículos dos animais imunocastrados apresentavam um peso abaixo do valor considerado o limiar funcional (150 g). No desempenho global em ensaio, não se verificaram diferenças significativas (p<0,05) nos ganhos médios diários (482 ± 3 g/d) e nos índices de conversão (4,98 ± 0,03 kg/kg) entre grupos. Os grupos C e IMCP apresentaram maior rendimento de carcaça (p<0,05), espessura da gordura dorsal e percentagem de peças gordas (p<0,001) que os do grupo IMCT. O Longissimus lumborum dos animais IMCT apresentou maior percentagem de proteína e menos gordura intramuscular (p<0,001) que o dos restantes grupos. A imunocastração foi eficaz na redução testicular, sem afetar o desempenho produtivo dos animais, tendo, no entanto, os animais do grupo IMCT apresentado carcaças e carne mais magras. Estudos adicionais estão em curso para dosear a quantidade de androstenona e/ou escatol na gordura e avaliar os potenciais efeitos da imunocastração dos machos desta raça na qualidade e características sensoriais da carne e da gordura.

Document Type Lecture
Language Portuguese
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