Autor(es): O'Neill Mendes, Nuno ; Melo, Marta ; Rito, João ; Órfão, João ; Rocha, Gustavo ; Guimarães, Ana ; Freire, Filipe
Data: 2021
Origem: Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia-Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Assunto(s): Mastoid; Computed tomography; Pediatric otorhinolaryngology; Incidental mastoid opacification; Mastóide; Tomografia computorizada; Otorrinolaringologia Pediátrica; Opacificação incidental da mastóide
Objectives: To determine the prevalence of incidental mastoid opacification (OIM) in a pediatric population from one hospital. Verify the events that led to otolaryngology consultation and to ascertain occurrence of ear disease. Study design: Retrospective study Material & methods: We analysed the computed tomography scans (head, paranasal sinus, temporal bone) performed across 2 years in individuals <18-year-old. CT scans with an otologic or traumatic indication were excluded. The degree of mastoid opacification was evaluated in all 650 exams. Results and Conclusions: OIM was found in 10,9% of cases (71/650). This rate was significantly higher in children ≤8-yearold (22,9%; 42/183); p=0,03. OIM was strongly associated to adenoid hypertrophy in children ≤8-year-old (eta=0,879). We observed that 29,6% of OIM cases (21/71) were referred to otolaryngology consultation and none of these children had ear disease needing treatment. OIM is rarely pathologic and shouldn’t be overemphasized.
Objetivos: Determinar a prevalência da opacificação incidental da mastóide (OIM) na população pediátrica de um hospital. Verificar que situações motivaram referenciação à Otorrinolaringologia e averiguar a existência de patologia otológica. Desenho do estudo: Estudo retrospetivo Material e métodos: Foram analisadas as imagens de tomografia computorizada crânio-encefálica, seios perinasais e osso temporal realizadas ao longo de 2 anos em indivíduos com idade <18 anos. Excluíram-se exames requeridos por indicação otológica ou traumatismo. Avaliou-se, nos 650 exames, o grau de OIM. Resultados e Conclusões: A prevalência de OIM foi de 10,9% (71/650). Este valor foi significativamente maior em crianças com idade ≤8 anos (22,9%; 42/183); p=0,03. Verificou-se associação forte entre OIM e hipertrofia adenoideia em crianças com menos de 8 anos (eta=0,879). A taxa de referenciação formal à especialidade de ORL foi de 29,6% (21/71). Estas crianças foram avaliadas e não se verificou nenhum caso de patologia otológica a necessitar de tratamento. A OIM raramente é patológica e não deve ser sobrevalorizada.
