Author(s):
Pereira, Susana ; Fino, Rui ; Montalvão, Pedro ; Mariano, Marta ; Melo, Marta ; Castelhano, Luís ; Magalhães, Miguel
Date: 2021
Origin: Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia-Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Subject(s): cirurgia da cabeça e pescoço; tumor da língua oral; tumor da base da língua; glossectomia total; reconstrução com retalho; Head and neck surgery; oral tongue cancer; base of tongue cancer; total glossectomy; flap reconstruction
Description
Aims: Evaluation of patients undergoing total glossectomy (GT). Material and Methods: Retrospective study that included patients undergoing GT between 2009 and 2018 at the Otorhinolaryngology Service of IPOLFG. Results: 27 patients were included. The vast majority of patients (78%) had advanced tumor (stage IV). GT was performed as a salvage treatment in 56% of cases. The reconstruction was mostly performed using a pectoralis major flap (59%). 93% of patients were laryngectomized. 30% of patients achieved adequate swallowing function. In the mean follow-up period of 21 months, 14 (52%) patients relapsed. One- and 5-year survival rates were 52% and 22%. Conclusions: GT was mostly performed in cases of disease recurrence after an organ preservation protocol. It has an impact on quality of life by affecting both swallowing and speech. These patients have high locoregional recurrence and low survival rate, but it is an important option when therapeutic alternatives are limited.
Objetivos: Avaliação de doentes submetidos a glossectomia total (GT). Material e Métodos: Estudo retrospetivo que incluiu os doentes submetidos a GT entre 2009 e 2018 no serviço de Otorrinolaringologia do IPOLFG. Resultados: Foram incluídos 27 doentes. A vasta maioria dos doentes (78%) apresentava tumor em estadio avançado (IV). A GT foi realizada como tratamento de resgate em 56% dos casos. A reconstrução foi maioritariamente realizada recorrendo a retalho de grande peitoral (59%). 93% dos doentes foram laringectomizados. 30% dos doentes alcançaram função da deglutição adequada. No período de follow-up médio de 21 meses, 14 (52%) doentes recidivaram. As taxas de sobrevida a 1 e 5 anos foram de 52% e 22%. Conclusões: A GT foi maioritariamente realizada em casos de recidiva de doença após protocolo de preservação de órgão. Tem um impacto na qualidade de vida ao afetar quer a deglutição quer a fala. São doentes com recidiva locoregional elevada e com taxa de sobrevida baixa, mas é uma opção importante quando as alternativas terapêuticas são limitadas.