Autor(es):
Felix, Laila Melo de ; Gondim, Raquel Silva ; Vieira, Ed Wilson Rodrigues ; Rocha, Najara Barbosa da
Data: 2022
Origem: Oasisbr
Assunto(s): COVID-19; Oral Health; Primary Health Care; Dental Care; Access to Health Services.; COVID-19; Salud Bucal; Atención Primaria de Salud; Atención Odontológica; Accesibilidad a los Servicios de Salud.; COVID-19; Saúde Bucal; Atenção Primária à Saúde; Assistência Odontológica; Acesso aos Serviços de Saúde.
Descrição
O objetivo do estudo foi analisar o impacto da pandemia da COVID-19 nas consultas odontológicas realizadas na Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, com dados secundários coletados do Sistema de Informação de Saúde para a Atenção Primária do Ministério da Saúde. Trata-se de um estudo ecológico, com dados secundários do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica do Ministério da Saúde. Foram gerados relatórios mensais referentes aos atendimentos individuais nas 27 unidades federativas nos períodos de abril a dezembro de: 2018/2019 (antes da pandemia) e 2020 (durante a pandemia), divididos posteriormente em trimestres. Foram obtidos dados descritivos, diferenças de médias e percentual de variação dos atendimentos odontológicos na APS comparados para cada estado entre períodos, por meio do teste U de Mann-Whitney (α<0.05), utilizando programa SPSS. Resultados: Um total de 55.687.591 casos foram analisados, dos quais 13,1% foram durante a pandemia. A média mensal foi de 12.456,6 consultas antes da pandemia e, durante, 3.732,7, com uma redução significativa de 70,0% (p≤0.01). O primeiro trimestre (Q2) após o reconhecimento da pandemia (abril a junho) apresentou a maior redução (85,7%) nas consultas em todo o País, sendo abril o mais afetado e todos os estados tiveram uma redução significativa quando comparado com 2018/2019. Todos os estados, com exceção do Amapá, apresentaram reduções significativas no 3º trimestre (Q4), apesar do aumento gradual das consultas ao longo de 2020. Conclusões: A pandemia teve um impacto negativo sobre o número de consultas odontológicas realizadas em APS no País. Houve uma evolução positiva no decorrer de 2020, mas os números permanecem bem abaixo dos níveis atingidos antes da pandemia.
The objective of the study was to analyze the impact of the COVID-19 pandemic on dental consultations performed in Primary Health Care (PHC) in Brazil. This was an ecological study, with secondary data collected from the Health Information System for Primary Care of the Ministry of Health. Monthly reports were generated regarding individual care in the 27 federative units in the periods from April to December of: 2018/2019 (before the pandemic) and 2020 (during the pandemic), later divided into quarters. Descriptive data, mean differences, and percentage of variation of dental care in PHC were obtained and compared for each state between periods using the Mann-Whitney U-test (α<0.05), by using SPSS program. A total of 55,687,591 cases were analyzed, 13.1% of which were during the pandemic. The monthly average was 12,456.6 consultations before the pandemic and, during, 3,732.7, with a significant reduction of 70.0% (p≤0.01). The first quarter (Q2) after recognition of the pandemic (April to June) showed the largest reduction (85,7%) in consultations nationwide, with April being the most affected and all states had a significant reduction when compared with 2018/2019. All states, with the exception of Amapá, showed significant reductions in the 3rd quarter (Q4), despite the gradual increase in consultations throughout 2020. The pandemic had a negative impact on the number of dental consultations performed in PHC in the country. There was a positive evolution in the course of 2020, but the numbers remain well below the levels that were reached before the pandemic.
El objetivo del estudio fue analizar el impacto de la pandemia de COVID-19 en las consultas odontológicas realizadas en la Atención Primaria de Salud (APS) de Brasil. Se trató de un estudio ecológico, con datos secundarios recogidos del Sistema de Información Sanitaria para la Atención Primaria del Ministerio de Salud. Se generaron informes mensuales sobre la atención individual en las 27 unidades federativas en los períodos de abril a diciembre de: 2018/2019 (antes de la pandemia) y 2020 (durante la pandemia), posteriormente divididos en trimestres. Se obtuvieron los datos descriptivos, las diferencias de medias y el porcentaje de variación de la atención odontológica en la APS y se compararon para cada entidad federativa entre periodos mediante la prueba U de Mann-Whitney (α<0,05), utilizando el programa SPSS. Se analizó un total de 55.687.591 casos, de los cuales 13,1% fueron durante la pandemia. La media mensual fue de 12.456,6 consultas antes de la pandemia y, durante, de 3.732,7, con una reducción significativa del 70,0% (p≤0,01). El primer trimestre (Q2) después del reconocimiento de la pandemia (abril a junio) presentó la mayor reducción (85,7%) de las consultas a nivel nacional, siendo abril el más afectado y todos los estados tuvieron una reducción significativa al compararse con el 2018/2019. Todos los estados, con excepción de Amapá, presentaron reducciones significativas en el 3er trimestre (Q4), a pesar del aumento gradual de las consultas a lo largo de 2020. La pandemia tuvo un impacto negativo en el número de consultas odontológicas realizadas en la APS del país. Hubo una evolución positiva en el transcurso de 2020, pero los números se mantienen muy por debajo de los niveles alcanzados antes de la pandemia.