Author(s):
Vasconcelos, Rita ; Sousa, Joana ; Ribeiro, Joana ; Pereira, Pedro ; Alvarenga, Bárbara ; Gomes, Mário ; Sá, Maria
Date: 2025
Origin: Gazeta Médica
Subject(s): Contraception/adverse effects; Contraceptive Agents, Female/adverse effects; Migraine Disorders; Primary Health Care; Agentes Contraceptivos Femininos/efeitos adversos; Contraceção/efeitos adversos; Cuidados Saúde Primários; Enxaqueca
Description
INTRODUCTION: Contraceptive counselling plays a crucial role in Family Planning within Primary Healthcare. While combined hormonal contraceptives (CHC) are widely used, it is essential to consider alternatives for women diagnosed with migraine. The primary objective of this project is to ensure the appropriate prescription of contraceptives for women diagnosed with migraine within a Portuguese family health unit.METHODS: We conducted a retrospective study for continuous quality improvement, including women diagnosed with migraine, regardless of aura presence, using CHC, or with outdated records (?3 years), irrespective of the contraceptive method in use. A multidisciplinary clinical session was held to discuss the issue and propose corrective strategies. Individual appointments were scheduled with the family physician for eligible women. A comparative analysis was subsequently carried out. A proportion of women correctly medicated with progestin contraception or non-hormonal methods ?70% and ?95% were considered "desirable" and "excellent," respectively. A value <70% was defined as "insufficient."RESULTS: Fifty-four eligible patients were identified, and after discussing risks and benefits, 83.3% (n=45) opted to change their contraceptive method. The majority chose progestin contraception (50.0%; n=27), 11.1% preferred barrier methods (n=6), 5.6% opted for intrauterine devices (n=3), and 16.6% chose no contraceptive method (n=9). A desired percentage of correctly medicated patients (83.3%) was achieved.CONCLUSION: This project underscores the importance of appropriate contraceptive counselling for women with migraine, demonstrating that motivated professionals can significantly enhance the quality of care provided in such contexts.
INTRODUÇÃO: O aconselhamento contracetivo desempenha um papel crucial na consulta de Planeamento Familiar nos Cuidados de Saúde Primários. Embora os métodos contracetivos hormonais combinados (CHC) sejam uma opção amplamente utilizada, é fundamental considerar alternativas em mulheres diagnosticadas com enxaqueca. Este projeto visa assegurar uma prescrição apropriada de contracetivos para mulheres com diagnóstico de enxaqueca numa unidade de saúde familiar.MÉTODOS: Conduziu-se um estudo retrospetivo de melhoria contínua da qualidade, incluindo mulheres com diagnóstico de enxaqueca, independentemente da presença de aura, que utilizavam CHC ou apresentavam registos desatualizados (?3 anos), independentemente do método contracetivo em uso. Uma sessão clínica multidisciplinar foi realizada para discutir a temática e propor estratégias corretivas. Consultas individuais foram agendadas com o médico de família para as mulheres elegíveis. Uma proporção de mulheres corretamente medicadas com contraceção progestativa ou métodos não hormonais ?70% e ?95% foi considerada "desejável" e "excelente", respetivamente. Um valor <70% foi definido como "insuficiente".RESULTADOS: Identificaram-se 54 pacientes elegíveis, e após a discussão dos riscos e benefícios, 45 pacientes (83,3%) optaram por alterar o método contracetivo. A maioria escolheu contraceção progestativa (50,0%; n=27), 11,1% preferiram métodos de barreira (n=6), 5,6% optaram por dispositivos intrauterinos (n=3), e 16,6% não escolheram nenhum método contracetivo (n=9). Foi alcançada uma percentagem total “desejada” de pacientes corretamente medicadas (83,3%).CONCLUSÃO: Este projeto destaca a importância do aconselhamento contracetivo adequado em mulheres com enxaqueca, evidenciando que profissionais motivados podem melhorar significativamente a qualidade do atendimento contracetivo.