Author(s):
Sousa, Marisa ; Assis Rocha, Mariana ; Paulino, Luís ; Ferreira, Telma ; Volosciuc, Felícia ; Raposo dos Santos, Rodrigo ; Rodrigues, Rita ; Santos, Mariana ; Silva, Mafalda ; Cândido, Sara ; Gonçalves, Lúcia ; Cardoso, Teresa ; Couto Domingues, Mariana ; Restrepo, Carolina ; Mourato Silva, Cláudia ; Ferreira, Catarina ; Rosário, José ; M. Marques, M. Inês ; Videira, Ana ; Andrade, Raquel ; Calçada Ferreira, Ana Raquel ; Hermenegildo, António ; Teixeira, Inês ; Kotovska, Natalia ; Matos Coronha, Ana ; Anete Mira, Mariana ; Pena, Ana Sofia ; Carreiras, Virgínia ; Santos, Maria Fátima ; Bento de Sousa, Hugo
Date: 2025
Origin: Gazeta Médica
Subject(s): Anti-Bacterial Agents/therapeutic use; Child; Health Education; Health Knowledge, Attitudes, Practice; Parents; Respiratory Tract Infections/drug therapy; Self Medication; Antibacterianos/uso terapêutico; Automedicação; Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde; Educação em Saúde; Infeções Respiratórias/tratamento farmacológico; Pais
Description
Introduction: Antibiotics are widely used in pediatric respiratory conditions, despite most having a viral origin. Parental self-medication of children is also common. This study aimed to analyze the knowledge, beliefs, and attitudes of parents of children under 12 years old regarding antibiotic therapy and the practice of self-medication.Methodology: This was a multicenter, observational, descriptive, and cross-sectional study with surveys administered to parents during pediatric health consultations. Inclusion criteria were age ? 18 years, understanding of the Portuguese language, and no cognitive impairment. Exclusions included those who did not provide informed consent or whose child had never been prescribed antibiotics. Descriptive and inferential statistical analysis performed at a significance level of 0.05.Results: A total of 447 surveys were analyzed. Self-medication was reported by 56% of respondents, primarily due to having the medication at home (62%) and considering the illness simple or similar to a previous one (76%). Information about medications was mostly provided by doctors or pharmacists, with paracetamol and ibuprofen being the most commonly used. Compliance with antibiotic recommendations was nearly universal (~100%). Only 3% of respondents administered antibiotics without a prescription. Higher levels of education and professional status were associated with better knowledge and more appropriate attitudes toward antibiotic use (Kruskal-Wallis, p <0.05).Conclusion: Self-medication was driven by prior knowledge and ease of access to medications, with adherence to recommendations being independent of sociodemographic factors. More educated individuals exhibited more consistent attitudes, underscoring the need for effective health education campaigns.
Introdução: Os antibióticos são amplamente utilizados na patologia respiratória pediátrica, apesar da maioria ter etiologia viral. A automedicação em crianças, por parte dos pais, é também comum. Este estudo visou analisar o conhecimento, crenças e atitudes de pais de crianças menores de 12 anos sobre antibioterapia e a prática da automedicação.Metodologia: Trata-se de um estudo multicêntrico observacional, descritivo e transversal, com inquéritos aplicados a pais em consultas de saúde infantil. Os critérios de inclusão foram idade ? 18 anos, compreensão da língua portuguesa e ausência de deficiência cognitiva. Foram excluídos os que não assinaram consentimento formado e a quem nunca tinha sido prescrito antibiótico à criança. Análise descritiva e inferência estatística efetuadas para um nível de significância de 0,05.Resultados: Foram analisados 447 inquéritos. A automedicação foi praticada por 56% dos inquiridos, principalmente por já terem o medicamento em casa (62%) e considerarem o problema de saúde simples ou igual à doença anterior (76%). A informação sobre a medicação foi dada pelo médico ou farmacêutico, com o paracetamol e o ibuprofeno a serem os mais utilizados. O cumprimento das recomendações para antibióticos foi quase total (~100%). Apenas 3% administraram antibiótico sem prescrição. Indivíduos com maior escolaridade e profissões diferenciadas demonstraram maior conhecimento e atitudes adequadas relativamente à antibioterapia (Kruskal-Wallis, p <0,05).Conclusão: A automedicação foi motivada pelo conhecimento prévio e facilidade de acesso a medicamentos, sendo a adesão às recomendações independente dos fatores sociodemográficos. Indivíduos mais diferenciados apresentaram atitudes mais consistentes, destacando a importância de campanhas de educação em saúde.