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Myopia, Axial Length and Lens Thickness: A Corneal Biomechanical Analysis of Older Children and Adolescents

Author(s): Ferreira, André ; Marques, João Heitor ; Marta, Ana ; Castro, Catarina ; Baptista, Pedro Manuel ; José, Diana ; Sousa, Paulo ; Neves, Isabel ; Menéres, Pedro ; Barbosa, Irene

Date: 2023

Origin: Revista Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

Subject(s): Artigos Originais


Description

Introduction: Our objective was to compare the corneal biomechanics of myopes with non-myopes in a sample of Portuguese children. In addition, we sought to evaluate their habits and background as well as to assess the potential relationship of axial length and lens thickness with their corneal biomechanical properties.   Methods: Observational cross-sectional study assessing healthy children (8 to 18 years old) conducted at a tertiary university hospital center (Centro Hospitalar Universitário do Porto, Porto, Portugal). Demographic and clinical data were retrieved from medical records and participants’ and parents’ interview. After this interview, ocular biometry and corneal biomechanics were assessed using ZEISS IOL Master 700 (Carl Zeiss Meditec, Jena, Germany) and Corvis ST (Oculus, Wetzlar, Germany), respectively. Linear mixed-effects models adjusting for age and gender were built to assess the relationship between corneal biomechanical properties and myopia, axial length (AL) and lens thickness (LT).   Results: One hundred and fifty-six eyes (out of 78 children) were enrolled of which 100 had a spherical equivalent ≤ -0.50 and were classified as myopes. The mean±standard deviation age was 14.18±2.60 years, being significantly higher in the myopes (p=0.004). The proportion of myopes increased with age (p=0.019). LT presented a significant but weak negative correlation with intraocular pressure (r=-0.227, p=0.005). Almost half of myopes had a positive family history of myopia. Non-myopes presented a trend for a higher proportion of atopy (p=0.059) and a significantly higher proportion of dermatitis history (p=0.030). Myopia was associated with higher amplitude of whole eye movement (p<0.001). Longer AL and thinner lenses were associated with a more deformable corneal behavior.   Conclusion: In this sample of Portuguese children, AL and LT, but not myopic status, were related with corneal biomechanical behavior. Longitudinal studies are warranted to elucidate the role of corneal biomechanics in the screening and follow-up of ocular diseases in children.

Introdução: O objectivo foi comparar a biomecânica corneana de míopes com não-míopes numa amostra de crianças portuguesas. Além disso, procuramos avaliar os seus hábitos e antecedentes, bem como avaliar a relação potencial do comprimento axial e da espessura do cristalino com as propriedades biomecânicas da córnea. Métodos: Estudo observacional transversal que avaliou crianças saudáveis (8 a 18 anos) realizado num centro hospitalar universitário terciário (Centro Hospitalar Universitário de Santo António, Porto, Portugal). Os dados demográficos e clínicos foram recolhidos do processo clínico e da entrevista dos participantes e dos pais. Após esta entrevista, a biometria ocular e a biomecânica da córnea foram avaliadas usando os aparelhos ZEISS IOL Master 700 (Carl Zeiss Meditec, Jena, Alemanha) e Corvis ST (Oculus, Wetzlar, Alemanha), respetivamente. Modelos lineares de efeitos mistos ajustados para idade e sexo foram construídos para avaliar a relação entre as propriedades biomecânicas da córnea e miopia, comprimento axial (CA) e espessura do cristalino (EC). Resultados: Cento e cinquenta e seis olhos (de 78 crianças) foram incluídos, dos quais 100 tinham SE ≤ -0,50 e foram classificados como míopes. A média±desvio padrão da idade foi de 14,18±2,60 anos, sendo significativamente maior nos míopes (p=0,004). A proporção de míopes aumentou com a idade (p=0,019). A EC apresentou correlação negativa significativa, porém fraca, com a pressão intraocular (r=-0,227, p=0,005). Quase metade dos míopes tinha história familiar positiva de miopia. Os não-míopes apresentaram uma tendência para uma maior proporção de atopia (p=0,059) e uma proporção significativamente maior de história de dermatite (p=0,030). A miopia associou-se a uma maior amplitude do movimento do olho (p<0,001). Comprimentos axiais mais longos e cristalinos mais finos foram associados a um comportamento corneano mais deformável. Conclusão: Nesta amostra de crianças europeias, o CA e a EC, mas não a miopia, relacionaram-se com o comportamento biomecânico da córnea. Estudos longitudinais são necessários para elucidar o papel da biomecânica da córnea no rastreio e seguimento de doenças oculares em crianças.

Document Type Journal article
Language English
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