Autor(es):
Veríssimo, Carolina ; Cunha, Marina ; Massano-Cardoso, Ilda ; Galhardo, Ana
Data: 2025
Origem: Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social
Assunto(s): Psychometric study; Psychological Flexibility; PPFI; Validation; Confirmatory Factor Analysis; Estudo psicométrico,; Flexibilidade Psicológica; PPFI; Validação; Análise Fatorial Confirmatória
Descrição
Background: Psychological flexibility is essential for mental health, yet its assessment still lacks instruments suited to the Portuguese context. This study aimed to address that gap by validating an innovative instrument that integrates specific dimensions and presents robust evidence of reliability and validity, distinguishing it from existing measures. Aim: To validate the Personalized Psychological Flexibility Index (PPFI) for the Portuguese population by analyzing its factorial structure, internal consistency, item quality, test-retest reliability, and relationship with relevant variables. Method: A total of 368 participants aged between 18 and 62 (M = 25.44, SD = 9.50) completed an online protocol comprising sociodemographic questions and self-report instruments assessing psychological flexibility (PPFI and MPFI-24), values (ELS-9), psychological inflexibility (AAQ-II), and positive and negative affect (PANAS). The PPFI retest was conducted with 57 participants after a four-week interval. Results: Confirmatory factor analysis supported a hierarchical model with a higher-order factor (total score) and three lower-order factors (Avoidance, Acceptance, and Engagement), yielding acceptable fit indices. The PPFI demonstrated good reliability (α = 0.70) for both the total score and subfactors and strong test-retest reliability. It positively correlated with psychological flexibility (MPFI-24), personal values (ELS-9), and positive affect (PANAS-P) and negatively with experiential avoidance (AAQ-II) and negative affect (PANAS-N). Age and gender showed no significant correlation with the overall PPFI score. Conclusions: The PPFI proved to be a valid and reliable instrument for assessing psychological flexibility in Portuguese adults. Its validation contributes to evidence-based practice and is particularly relevant for research on the effectiveness of interventions promoting psychological flexibility.
Contexto: A flexibilidade psicológica é fundamental para a saúde mental, mas a sua avaliação ainda carece de instrumentos adequados à realidade portuguesa. Este estudo contribuiu para colmatar essa lacuna, validando um instrumento inovador que integra dimensões específicas e apresenta evidências robustas de fiabilidade e validade, diferenciando-se de outras medidas existentes. Objetivo: Validar o Índice de Flexibilidade Psicológica Personalizado (PPFI) para a população portuguesa, analisando a sua estrutura fatorial, consistência interna, qualidade dos itens, fidedignidade teste-reteste e relação com variáveis de interesse. Métodos: Participaram 368 indivíduos com idades entre 18 e 62 anos (M = 25,44, DP = 9,50), que completaram um protocolo online composto por questões sociodemográficas e instrumentos de autorresposta que avaliaram a flexibilidade psicológica (PPFI, MPFI-24), valores (ELS-9), inflexibilidade psicológica (AAQ-II) e afeto positivo e negativo (PANAS). O reteste do PPFI foi realizado com 57 participantes após quatro semanas. Resultados: A análise fatorial confirmatória sustentou um modelo com um fator superior (pontuação total) e três fatores específicos (Evitamento, Aceitação e Aproveitamento), com índices de ajustamento aceitáveis. O PPFI demonstrou boa fidedignidade (α = 0,70) e estabilidade temporal. O PPFI correlacionou-se positivamente com a inflexibilidade (MPFI-24), valores (ELS-9) e afeto positivo (PANAS-P), e negativamente com o evitamento experiencial (AAQ-II) e afeto negativo (PANAS-N). Idade e o sexo não se correlacionaram com a pontuação global. Conclusões: O PPFI revelou-se um instrumento válido e fidedigno para avaliar a flexibilidade psicológica em adultos portugueses. A sua validação contribui para a prática baseada em evidências, sendo especialmente relevante para investigações sobre a eficácia de intervenções voltadas para a promoção da flexibilidade psicológica.