Author(s): Saraiva, Ana Laura ; Carneiro, Fátima
Date: 2018
Origin: Acta Médica Portuguesa
Subject(s): Colorectal Neoplasms; Eosinophils; Precancerous Conditions; Prognosis; Eosinófilos; Lesões Pré-Cancerosas; Neoplasias Colorretais; Prognóstico
Author(s): Saraiva, Ana Laura ; Carneiro, Fátima
Date: 2018
Origin: Acta Médica Portuguesa
Subject(s): Colorectal Neoplasms; Eosinophils; Precancerous Conditions; Prognosis; Eosinófilos; Lesões Pré-Cancerosas; Neoplasias Colorretais; Prognóstico
Introduction: Amongst the inflammatory cells implicated in the immune surveillance of colorectal cancer, a growing body of evidence suggests a role for eosinophils in carcinogenesis. We aimed to review the value of tumour-associated tissue eosinophilia (TATE) in the prognosis of colorectal cancer emphasizing the identification and measurement of tissue-infiltrating eosinophils and their association with the clinicopathological features of the disease.Material and Methods: We used PubMed and Web of Science search engines to retrieve studies that looked at the association between tissue eosinophils and colorectal cancer prognosis.Results: We selected 15 studies for our review. In the majority of the studies, eosinophils were identified in hematoxylin-eosin stained sections and scores were generated for analysis. Most of the studies pointed to tumour-associated tissue eosinophilia as a favourable prognostic marker in colorectal cancer and found an inverse association between eosinophil count and the metastatic potential of these neoplasms. The association between tumour-associated tissue eosinophilia and established prognostic markers of colorectal cancer was assessed in some studies, with inconsistent results. Additionally, tumour-associated tissue eosinophilia decreased with the adenoma-carcinoma progression of colorectal lesions.Discussion: Several mechanisms have been proposed regarding eosinophil chemoatraction to tumour tissues and eosinophil-cancer cell cross-talk, suggesting that eosinophils are actively involved in colorectal cancer progression. Although a scoring system is still lacking, tumour-associated tissue eosinophilia meets the criteria of a convenient histopathological prognosticator in colorectal cancer.Conclusion: Collectively, current evidence associates the presence of eosinophils in the colorectal cancer microenvironment with the modulation of tumour progression. The clinical impact of this finding deserves future research.
Introdução: O papel dos eosinófilos na carcinogénese colorretal tem sido discutido em várias publicações científicas. O objetivo deste estudo foi o de rever o valor dos eosinófilos tecidulares no prognóstico do cancro colorretal, enfatizando a sua identificação, mensuração e associação com as características clinicopatológicas da doença.Material e Métodos: Utilizámos os motores de busca PubMed e Web of Science para pesquisar estudos que associassem os eosinófilos tecidulares com o prognóstico do cancro colorretal.Resultados: Selecionámos 15 estudos para a nossa revisão. Maioritariamente, a análise do infiltrado foi realizada através da coloração de hematoxilina-eosina, com criação de scores. A maioria dos trabalhos descreveu a eosinofilia tecidular como um fator de prognóstico favorável no cancro colorretal e estabeleceu uma associação inversa entre ela e o comportamento metastático dos tumores. A associação com outros fatores de prognóstico foi por vezes abordada, com resultados inconsistentes. A eosinofilia tecidular diminuiu na progressão adenoma-carcinoma.Discussão: Vários mecanismos têm sido propostos para explicar a quimiotaxia de eosinófilos para os tecidos tumorais e a sua interação com as células neoplásicas, sugerindo o envolvimento dos eosinófilos na progressão do cancro colorretal. Apesar de não existir um sistema de avaliação validado, a eosinofilia tecidular associada a tumores pode constituir um parâmetro histopatológico de prognóstico no cancro colorretal.Conclusão: As evidências disponíveis associam a presença de eosinófilos no microambiente do cancro colorretal com a modulação da sua progressão. O impacto clínico deste achado deve ser estudado no futuro.