Author(s):
Paulino, Jorge ; Mansinho, Hélder
Date: 2023
Origin: Acta Médica Portuguesa
Subject(s): Carcinoma, Pancreatic Ductal/drug therapy; Carcinoma, Pancreatic Ductal/surgery; Carcinoma, Pancreatic Ductal/therapy; Pancreatic Neoplasms/drug therapy; Pancreatic Neoplasms/surgery; Pancreatic Neoplasms/therapy; Carcinoma Ductal Pancreático/cirurgia; Carcinoma Ductal Pancreático /tratamento; Carcinoma Ductal Pancreático/tratamento farmacológico; Neoplasias Pancreáticas/cirurgia; Neoplasias Pancreáticas/tratamento; Neoplasias Pancreáticas/tratamento farmacológico
Description
Pancreatic duct adenocarcinoma is currently the sixth-leading cause of cancer death worldwide and the fourth in Europe, with a continuous increase in annual lethality in Portugal during the last two decades. Surgical en-bloc resection of the tumor with microscopic-negative margins and an adequate lymphadenectomy is the only possibility of long-term survival. As this type of cancer is a systemic disease, there is a high rate of recurrence even after curative resection, turning systemic therapy the core of its management, mostly based on chemotherapy. Neoadjuvant strategies for nonmetastatic disease showed significant improvement in overall survival compared with upfront surgery, namely in borderline resectable disease. Moreover, these strategies provided downstaging in several situations allowing R0 resections. Under these new oncologic strategies, several recent surgical issues were introduced, namely more aggressive vascular resections and even tumor resections in oligometastatic disease. This review revisits the state-of-the-art of surgical and oncological interventions in pancreatic duct adenocarcinoma and highlights recent advances in the field aiming to achieve higher survival rates.
O adenocarcinoma ductal é atualmente a sexta causa de morte oncológica a nível mundial, e a quarta na Europa, com um aumento contínuo da letalidade anual em Portugal nas duas últimas décadas. A ressecção cirúrgica em bloco do tumor com margens microscopicamente negativas e com uma linfadenectomia adequada é a única possibilidade de sobrevida a longo prazo. Como o adenocarcinoma ductal é uma doença sistémica tem uma alta taxa de recidiva, mesmo depois de uma ressecção curativa, tornando a terapêutica sistémica o centro da sua abordagem, baseada sobretudo em quimioterapia. As estratégias neoadjuvantes para a doença não metastizada demonstraram uma melhoria significativa na sobrevida global em comparação com a cirurgia direta, nomeadamente em doença tangencialmente ressecável. Além disso, estas estratégias possibilitaram um re-estadiamento inferior em várias situações, permitindo ressecções R0. Sob essas novas estratégias oncológicas, foram introduzidas várias modalidades cirúrgicas recentes, nomeadamente ressecções vasculares mais agressivas e mesmo ressecções tumorais na doença oligometastática. Esta revisão aborda o estado da arte das intervenções cirúrgicas e oncológicas no adenocarcinoma ductal pancreático e destaca os avanços recentes na área visando alcançar maiores taxas de sobrevida.
