Author(s):
Santos, Maria ; Sousa-Uva, Mafalda ; Namorado, Sónia ; Gonçalves, Teresa ; Matias Dias, Carlos ; Gaio, Vânia
Date: 2024
Origin: Acta Médica Portuguesa
Subject(s): Cardiovascular Diseases; Heart Disease Risk Factors; Risk Assessment; Sociodemographic Factors; Avaliação de Risco; Doenças Cardiovasculares; Fatores de Risco de Doenças Cardíacas; Fatores Sociodemográficos
Description
Cardiovascular diseases are the leading cause of death globally. The objective of this study was to estimate the 10-year cardiovascular risk in the Portuguese population using the new Systematic Coronary Risk Evaluation 2. Data from the first National Health Examination Survey from 2015 were used. Inclusion criteria were age between 40 and 69 years, absence of pregnancy, available information on sex, age, smoking status, systolic blood pressure, total cholesterol, and high-density lipoprotein cholesterol. Participants who had an acute myocardial infarction or a stroke, had diabetes, chronic kidney disease, or reported taking medication for these conditions were excluded from the analysis. The prevalence of high and very high cardiovascular risk was stratified by sex, age group, marital status, education level, occupational activity, degree of urbanization of the area of residence, health region, and income quintile. The sample consisted of 2817 individuals. In Portugal, in 2015, 36.7% (95% CI: 34.2 - 39.3) and 6.1% (95% CI: 4.8 - 7.4) of the individuals aged between 40 and 69 years had a high and a very high risk of having a cardiovascular disease in the following 10 years, respectively. In 2015, there was a high percentage (42.8%) of the Portuguese population aged 40 to 69 years in high or very high risk of developing cardiovascular disease (fatal and non-fatal) in the following 10 years. A possible explanation may be the high prevalence of risk factors for cardiovascular disease in Portugal.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte globalmente. O objetivo deste estudo foi atualizar a estimativa do risco cardiovascular a 10 anos na população portuguesa utilizando o novo Systematic Coronary Risk Evaluation 2. Foram utilizados dados do Primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico de 2015. Os critérios de inclusão foram a idade entre 40 e 69 anos, ausência de gravidez, informação disponível sobre o sexo, idade, consumo de tabaco, pressão arterial sistólica, colesterol total e colesterol da lipoproteína de alta densidade. Os participantes previamente diagnosticados com enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, diabetes, doença renal crónica ou com terapêutica para estas doenças foram excluídos da análise. A prevalência de risco cardiovascular alto e muito alto foi estratificada por sexo, grupo etário, estado civil, nível de escolaridade, atividade profissional, grau de urbanização da zona de residência, região de saúde e quintil de rendimento. A amostra foi constituída por 2817 indivíduos. Em Portugal, em 2015, 36,7% (IC 95%: 34,2 - 39,3) e 6,1% (IC 95%: 4,8 - 7,4) dos indivíduos entre os 40 e 69 anos apresentaram um risco alto e muito alto, respetivamente, de desenvolver uma doença cardiovascular a 10 anos. Em 2015 houve uma elevada percentagem (42,8%) da população portuguesa entre os 40 e 69 anos em risco alto ou muito alto de desenvolver doença cardiovascular (fatal e não fatal) a 10 anos. Uma explicação possível poderá ser a elevada prevalência de fatores de risco para doença cardiovascular em Portugal.