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Hepatite e Colestase: O Que Escondem as Plantas?

Author(s): Baeta Baptista, R ; Nóbrega, S ; Campos, AP ; Candeias, F ; Brito, MJ

Date: 2017

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.17/3076

Origin: Repositório do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE

Subject(s): Colestase Intra-hepática; Hepatotoxicidade; Chás de Ervas; Pesticidas; Criança; Caso Clínico; HDE GAS PED; HDE INF PED


Description

O diagnóstico diferencial de hepatite colestática aguda na criança em idade escolar previamente saudável inclui múltiplas causas, sendo as infeciosas, tóxicas e autoimunes as mais comuns. Descreve-se o caso clínico de um rapaz de 10 anos com icterícia prolongada, eosinofilia e evidência bioquímica de lesão hepática de tipo misto (transaminases, fosfatase alcalina,bilirrubina total e direta elevadas), com gama-glutamiltransferase e função hepática normais. Após investigação detalhada, incluindo biópsia hepática, admitiu-se etiologia tóxica, tendo-se identificado consumo recente de chás de Cymbopogon citratus (erva-príncipe) e Equisetum arvense (erva-cavalinha) contaminados com pesticidas. A hipótese de hepatotoxicidade induzida por chás contaminados com pesticidas foi admitida como a causa mais provável, após exclusão de outras causas de doença hepática e considerando a recuperação total do doente após quatro meses de terapêutica com ácido ursodesoxicólico e evicção dos referidos consumos. Na última década, assistiu-se a um aumento substancial de publicações referentes a lesão hepática induzida por tóxicos (fármacos, suplementos alimentares, produtos de ervanária, metais e mesmo pesticidas). O diagnóstico é de exclusão e requer um elevado índice de suspeição.

Document Type Journal article
Language Portuguese
Contributor(s) Repositório da Unidade Local de Saúde São José
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