Autor(es):
Amaral Silva, M ; Brás da Silva, V ; Rodrigues, J ; Miguéns, AC ; Marques, E
Data: 2018
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.17/3638
Origem: Repositório do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Assunto(s): HCC MFR; Transtornos Neurológicos da Marcha; Meias de Compressão; Tromboembolia
Descrição
As meias de compressão elástica constituem uma medida profilática da trombose venosa profunda no período pós-operatório, estando a sua eficácia bem documentada na literatura científica. A paralisia do nervo peroneal é a principal neuropatia compressiva do membro inferior e pode ter múltiplas etiologias sendo que a principal corresponde à compressão externa direta a nível do colo do perónio. Os autores relatam o caso de uma doente de 20 anos de idade, submetida a transplante hepático, com necessidade de permanência na Unidade de Cuidados Intensivos durante 25 dias, período após o qual se retiraram as meias de compressão de coxa, à data, enroladas até ao nível dos joelhos. Constatou-se lesão por pressão a nível do joelho e pé pendente bilateral. O estudo electrofisiológico foi compatível com polineuropatia sensitivo-motora grave. O presente artigo tem por objetivo reforçar a importância do reconhecimento precoce dos sintomas de lesão nervosa periférica, principalmente no doente crítico com múltiplas comorbilidades, cujo risco de lesão neurológica grave é muito superior.