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A Realidade da Fisioterapia Vestibular em Portugal: Análise Preliminar

Autor(es): Benzinho, T ; Correia, A ; Azevedo, AP ; Costa, C ; Jordão, J ; Cabral, MA ; Póvoa, R

Data: 2022

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.17/4465

Origem: Repositório do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE

Assunto(s): HCC MFR; Portugal; Fisioterapia Vestibular; Reabilitação Vestibular


Descrição

Introdução: A Reabilitação Vestibular (RV) é uma abordagem terapêutica dirigida aos sinais e sintomas causados por disfunção vestibular, com o objetivo de acelerar o processo natural de compensação baseada nos mecanismos centrais de neuroplasticidade. Visando maximizar a autonomia e independência funcional, os fisioterapeutas integraram as equipas com os primeiros exercícios descritos em 1940 por Cawthorne & Cooksey, a manobra de diagnóstico da vertigem posicional paroxística benigna em 1952 por Dix Hallpike, muito embora a grande evolução desta área tenha ocorrido com as técnicas desenvolvidas por A. Sémont na década de 1970. Como área de intervenção muito específica importa caracterizar a oferta que existe a nível nacional. Objetivo: Identificar e caracterizar os Fisioterapeutas que intervêm na área de RV em Portugal. Métodos: Estudo de coorte transversal, realizado através de questionário online divulgado pela Associação Portuguesa de Fisioterapeutas e redes sociais. Foram incluídos Fisioterapeutas com prática clínica e/ou formação na área de RV. A participação voluntária foi validada com o consentimento informado. A análise dos dados foi realizada através de métodos analíticos, não se verificando missing data. Resultados: 44 (36 mulheres) Fisioterapeutas responderam ao questionário, permitindo caracterizar a formação académica, a formação específica e a Intervenção dos Fisioterapeutas nesta área. No que respeita ao grau académico, 1 é doutorado, 11 são mestres, 31 são licenciados e 1 é bacharel. 84.1% dos Fisioterapeutas responderam ter formação na área de RV dos quais 18.2% desde a licenciatura e 77.3% com formação pós graduada. 29.5% dos Fisioterapeutas realizaram estágios profissionais na área. Foi reportada uma mediana de 4±8 (0.08 27) anos de prática clínica em RV. A região Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo concentram a grande maioria dos profissionais (85.4%). 68.2% identificaram como insuficiente a formação especifica na área de RV a nível nacional, sugerindo cursos de atualização, formação contínua e/ou pós graduada. Conclusão: A RV é identificada como uma área específica de interesse do fisioterapeuta, com necessidades de formação básica e avançada. A maioria dos fisioterapeutas que intervém nesta área apresenta formação específica, muito embora salientem que a mesma não seja de fácil acesso. Apesar de reduzida e não representativa, esta amostra identifica a necessidade de disponibilização de formação no ensino pré e pós graduado. Tendo sido demonstrado um crescente investimento na sensibilização para a área nos planos de estudos do ensino pré graduado dos cursos de Fisioterapia, não se refletindo ainda neste estudo. Desta forma, o reduzido número de profissionais a intervir nesta área em todo o país e as necessidades de formação/atualização expressas nesta área, justificam a aposta na formação na área de RV.

Tipo de Documento Outro
Idioma Português
Contribuidor(es) Repositório da Unidade Local de Saúde São José
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