Detalhes do Documento

Gestão da dor oncológica em doentes cirúrgicos: projeto de implementação de evidência.

Autor(es): Costeira, Cristina Raquel Batista ; , Isabel Maria Ribeiro Morais Araújo Santos ; Carvalho, Dulce Helena Ferreira de ; Sousa, Ana Filipa Domingues ; Oliveira, Ana Rosete de ; Paiva, Ivo Cristiano Soares ; Rodrigues, Rogério Manuel Clemente ; Cardoso, Daniela Filipa Batista

Data: 2021

Origem: Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

Assunto(s): dor oncológica; oncologia; qualidade de vida; cuidados baseados na evidência


Descrição

O projeto de implementação de evidência em gestão de dor oncológica, em doentes cirúrgicos, foi desenvolvido no serviço de cirurgia internamento do IPO de Coimbra, durante o ano de 2021. Os objetivos específicos contemplaram: implementar melhorias efetivas da gestão de dor da pessoa com cancro; melhorar a qualidade de vida da pessoa com dor oncológica submetida a cirurgia; reduzir custos clínicos e sociais associados à dor oncológica descontrolada; melhorar cuidados prestados à pessoa com dor oncológica; promover e co-responsabilizar a pessoa no processo de autogestão de dor; contribuir para a investigação na área da dor oncológica e na melhoria contínua da qualidade e segurança dos cuidados prestados. Para a consecução deste projeto, recorreu-se à metodologia de implementação de evidência da Joanna Briggs Institute que se caracteriza por três principais etapas. A primeira correspondeu à realização de uma auditoria de baseline, em que foram utilizados 8 critérios de auditoria baseados na evidência mais recente. Na segunda foram identificadas barreiras e desenvolvidas estratégias para melhorar outcomes e na terceira foi realizada uma auditoria de follow-up para verificar a efetividade das estratégias implementadas. Na auditoria de baseline foram consultados doentes (n=50), enfermeiros (n=21) e registos (n=50). Identificaram-se: (1) 8% de avaliações iniciais completas de dor nos registos; (2) 86% de registo de monitorização de dor com instrumento validado; (3) 57% dos enfermeiros utilizavam a escada analgésica da OMS; (4) 4% dos doentes recebiam formação sobre gestão de dor oncológica; (5) 0% dos doentes recebiam informação escrita sobre dor; (6) 10% foram encorajados a apresentarem papel ativo na gestão de dor; (7) 10% recebiam informação sobre intervenções não farmacológicas e (8) 29% dos enfermeiros tinham formação em gestão de dor oncológica. No intuito de melhorar estes resultados, foram promovidas sessões de formação dirigidas aos profissionais de saúde, recorrendo-se à metodologia síncrona e assíncrona, com disponibilização de informação escrita. Foi elaborado um folheto informativo e manual sobre gestão de dor oncológica para disponibilizar ao doente. Os doentes foram ensinados, instruídos e treinados a realizarem um registo diário da sua dor e gestão. Foram também afixados pósteres com instrumentos unidimensionais de monitorização de intensidade de dor (norma da DGS) para que doentes e enfermeiros pudessem selecionar e aplicar o melhor instrumento. Foram instituídas melhorias nos registos de enfermagem ao nível do foco DOR baseados em recomendações da ordem dos enfermeiros. Os resultados encontrados na auditoria de follow-up revelaram melhorias em todos os outcomes: (1) 78%; (2,3,4) 100%; (5) 96%; (6) 94%; (7) 98% e (8) 90%. Sugerindo que as estratégias implementadas foram eficientes na melhoria de cuidados prestados à pessoa com dor oncológica. Ao longo do processo de implementação existiram momentos de feedback programados para promover o envolvimento de todos os enfermeiros da equipa. Para garantir a sustentabilidade do projeto foi mantida a equipa de trabalho de implementação para dinamizar e promover auditorias anuais de follow-up e reformulação de intervenções se necessário.

Tipo de Documento Outro
Idioma Português
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Documentos Relacionados

Não existem documentos relacionados.