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Monitorização e Gestão de sintomas à pessoa em situação paliativa: implementação de projeto de boa prática

Autor(es): Rocha, Ana ; Coelho, Adriana Raquel Neves

Data: 2022

Origem: Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

Assunto(s): best practices; implementation science; palliative care; symptom assessment


Descrição

Enquadramento: Nos Cuidados Paliativos (CP), os sintomas são múltiplos e combinados, evoluindo e mudando, com caráter multidimensional e causas multifatoriais, apresentando alta prevalência, influenciando negativamente na qualidade de vida do paciente e família. Os enfermeiros que prestam cuidados paliativos precisam reconhecer e responder eficazmente aos sintomas dos seus doentes. Objetivos: Este estudo de implementação da evidência visou melhorar a prática da equipa de enfermagem na monitorização e gestão de sintomas de doentes internados em unidades de CP. Metodologia ou abordagem: O projeto de implementação de evidência da monitorização e gestão de sintomas em doentes paliativos, foi desenvolvido numa unidade de CP, de setembro de 2021 a junho de 2022. Para a sua consecução recorreu-se à metodologia de implementação de evidência da Joanna Briggs Institute, que se caracteriza por três principais etapas. A primeira correspondeu à realização de uma auditoria de baseline, em que foram utilizados 4 critérios de auditoria baseados na evidência mais recente. Na segunda, foram identificadas barreiras à implementação e desenvolvidas estratégias para melhorar outcomes relacionados com a monitorização e gestão de sintomas e na terceira etapa foi realizada uma auditoria de follow-up para verificar a efetividade das estratégias implementadas. Respeitaram-se os procedimentos éticos. Cursos de ação possíveis, realizados e resultados: Na auditoria de baseline foram consultados doentes (n=20), registos de enfermagem dos doentes avaliados (n=20) e os enfermeiros da equipa (n=20). Na conformidade de critérios de boa prática identificaram-se: (1) 9,1% de doentes com registo inicial dos sintomas através da ESAS; (2) 31,7% dos enfermeiros registavam intervenções farmacológicas e não farmacológicas usados na gestão e sintomas; (3) 0% de reavaliação da monitorização de sintomas através da ESAS; (4) 30% enfermeiros tinham formação sobre a ESAS e a gestão de sintomas. No intuito de melhorar estes resultados, foram promovidas sessões de formação dirigidas aos enfermeiros, elaborado um folheto informativo sobre monitorização de sintomas através da ESAS, uma escala plastificada para disponibilizar ao doente e um guia rápido de monitorização de sintomas para os enfermeiros (disponibilizado como base de rato do computador). Em grupos de trabalho determinaram-se as principais intervenções na gestão dos sintomas no doente paliativo. Os doentes foram ensinados, instruídos e treinados a realizarem um registo dos seus sintomas. Foram instituídas melhorias nos registos de enfermagem ao nível do foco conforto e dos focos associados aos sintomas mais prevalentes (dor, dispneia, astenia, anorexia, tristeza, ansiedade, náusea e vómito e obstipação), baseados em recomendações da ordem dos enfermeiros. Conclusão: Este projeto permitiu melhorar a prática da equipa de enfermagem na

Tipo de Documento Outro
Idioma Português
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