Author(s):
Pereira, Filipe Alexandre ; Tomás, Maria Teresa
Date: 2023
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.21/16399
Origin: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa
Subject(s): COVID-19; Idosos; Capacidade respiratória funcional; Pressões respiratórias; Força de preensão; Elderly; Functional respiratory capacity; Respiratory pressures; Handgrip strength
Description
Introdução – A disseminação pandémica do SARS-CoV-2 levou a um surto de pneumonia viral sem precedentes. Apesar de a caracterização de sequelas pós-COVID-19 constituir o interesse atual da investigação mundial, um elevado grau de desconhecimento regista-se ao nível do impacto funcional que esta doença causa nos idosos que tenham apresentado manifestações moderadas, graves ou críticas. Objetivo – Identificar as principais sequelas na capacidade funcional e respiratória em idosos após o COVID-19. Método – Estudo transversal realizado na comunidade. Avaliou-se a capacidade aeróbia funcional (teste de step de 2 min), perceção da dispneia (modified Medical Research Council), força muscular respiratória e periférica (pressão inspiratória e expiratória máximas, força de preensão manual) e o Índice de Fragilidade (Escala de Fragilidade Clínica) em 25 indivíduos com idade ≥65 anos, residentes na comunidade, com diagnóstico de COVID-19 até seis meses, e em igual número de idosos com as mesmas características sem diagnóstico conhecido de COVID-19. Resultados – Os idosos com diagnóstico de COVID-19 até seis meses apresentaram uma diminuição nos valores de pressão inspiratória máxima (p<0,001), pressão expiratória máxima (p=0,015), na capacidade aeróbia (p<0,001), com presença significativa de dessaturação induzida pelo esforço (p<0,001), valores aumentados de perceção de dispneia (p<0,001) e níveis mais elevados de Índice de Fragilidade (p=0,026). Conclusão – Foram encontradas alterações significativas na capacidade respiratória e funcional em idosos com diagnóstico de COVID-19 até seis meses quando comparados com idosos com características idênticas sem diagnóstico prévio de COVID-19. Estes resultados podem ser um importante indicador na caracterização de sequelas após infeção pelo SARS-CoV-2.