Autor(es):
Catela, David ; Rauber, André Luiz ; Correia, Francisca ; Pessoa, Ana ; Lopes, Catarina ; Antunes, Juliana ; Ferreira, Patrícia ; Serrão-Arrais, Ana
Data: 2021
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.15/3862
Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Santarém
Assunto(s): desenvolvimento da linguagem; perceção tátil; gestos icónicos; incorporação; childhood; language development; tactile perception; gestures; incorporation
Descrição
Este estudo analisa a relação entre perceção tátil, simulação de uso de instrumento e palavra em crianças de 2 a 5 anos. Mostraram-se à criança 11 instrumentos do seu quotidiano, perguntou-se-lhe (i) o que era (palavra), (ii) que fingisse usá-los (gesto) e (iii) que os identificasse tatilmente. As crianças de 2 anos apresentaram mais desvios morfológicos. Com o avanço da idade, as crianças fizeram mais identificações táteis. Crianças com mais desvios por subextensão e morfológico realizaram menos gestos e fizeram menos identificações táteis. Crianças com mais identificações orais foram as com mais identificações táteis. Crianças com mais identificações táteis foram as com mais gestos do tipo “incorporação”. Ocorre uma transição abrupta dos 2 para os 3 anos em qualidade e quantidade de palavras. A identificação tátil e gestualização estão associadas a melhor dicção e maior léxico verbal. Ambas estão associadas, principalmente, com a gestualização de “incorporação”. Os resultados sustentam a hipótese de uma interação entre perceção tátil, gesto e aquisição da palavra.