Author(s):
Neto, Joana ; Aguiar, Ana ; Parente, Cristina ; Costa, Cristina Amaro ; Fonseca, Susana
Date: 2021
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.19/6947
Origin: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Viseu
Subject(s): Viticultura; Produto fitofarmacêutico; Questionário; Família; Risco; Segurança
Description
A agricultura familiar é definida como a que é gerida pela família e usa maioritariamente mão de obra familiar, de acordo com a FAO. No norte de Portugal, a produção assim obtida destina-se prioritariamente a ser consumida pela família e, secundariamente, para venda local. A produção de uvas, ao constituir em muitas explorações a principal fonte de receita, é aquela em que o agricultor está disponível para aplicar mais pesticidas de forma a garantir a quantidade e qualidade das uvas exigidas para o processo de transformação. Contudo, os viticultores familiares nem sempre procedem a registos das suas práticas e raramente são sujeitos a controlos. A forma como é feita a tomada de decisão e o cumprimento das normas não são conhecidos. No sentido de conhecer o comportamento dos viticultores familiares na tomada de decisão relativamente aos tratamentos fitossanitários, perceção e cuidados com o uso dos pesticidas, aplicou-se um questionário tipo checklist dirigido numa amostra de 109 agricultores enquadrados no conceito de agricultores familiares, em explorações com vinha em diferentes zonas da NUTIII, no norte e centro de Portugal. Foram analisadas questões relacionadas com: i) características sociodemográficas, e ii) práticas agrícolas relacionadas com a proteção da vinha. À análise dos dados univariável, associou-se a aplicação da análise de componentes principais (ACP). Os resultados obtidos revelam que a utilização de pesticidas na vinha em agricultura familiar é uma prática generalizada e que a tomada de decisão e escolha do pesticida é, em grande parte das situações, efetuada sem os necessários cuidados, acompanhamento técnico ou registo. Os inquiridos com maior nível de escolaridade expressam ter mais cuidados relativamente à utilização de pesticidas e à proteção individual. As classes etárias mais jovens e mais escolarizadas, são mais cumpridores no que diz respeitos às obrigações regulamentares como a elaboração de registos.