Author(s):
Joca, Terezinha Teixeira ; Cavalcante Junior, Francisco Silva ; Hipólito, João ; Munguba, Marilene Calderaro ; Pimentel, Deldy Moura
Date: 2016
Persistent ID: http://hdl.handle.net/11144/2802
Origin: Camões - Repositório Institucional da Universidade Autónoma de Lisboa
Subject(s): Língua de Sinais; Oralização; Família
Description
A chegada de um filho surdo à família de ouvinte, em geral, causa forte impacto e a tentativa inicial da família é fazer o surdo falar, porque a sociedade assim espera. O presente artigo pretende apresentar um recorte de uma pesquisa desenvolvida no doutorado da primeira autora, desenvolvida com sujeitos surdos e seus familiares em uma Universidade particular, cujo objetivo geral foi averiguar qual a influência da família na constituição do sujeito surdo. E dentre os objetivos específicos, para atender o recorte, indicamos: analisar a dinâmica familiar como promotora da constituição do sujeito e compreender as interfaces da diferença linguística. Entre as razões da escolha pelo tema e o campo de pesquisa está a possibilidade de compreender o mundo do surdo e sua comunicação com os ouvintes e relação da família com um filho de outra língua. Serviram de base teórica, para análise dos resultados, as obras de autores surdos e ouvintes que abrangiam os estudos surdos, a comunicação, a língua e a família. A pesquisa base foi qualitativa do tipo etnográfico com apoio da técnica de grupo focal, com grupo de surdos e grupo de familiares. Nos resultados, foram elencadas oito categorias e para este artigo houve o recorte de duas das que se interlaçavam: Comunicação e oralização obrigatória. A partir dos processos analisados no estudo pode-se compreender que existe uma forte barreira comunicacional entre ouvintes e surdos e que essa imposição da fala interfere na constituição do sujeito.