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Inteligência emocional em gestores de enfermagem

Autor(es): Sousa, Fernando António Neto Teixeira de

Data: 2016

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10348/5500

Origem: Repositório da UTAD

Assunto(s): Gestão dos recursos humanos; Qualidade de vida no trabalho; Esgotamento profissional; Gestor de saúde


Descrição

A Inteligência Emocional (IE) tem assumido peculiar importância no mundo do trabalho, nas mais variadas profissões e nas diferentes organizações. Atualmente a IE assume especial destaque no contexto organizacional, gerando amplas discussões sobre a sua importância no desenvolvimento organizacional e no desenvolvimento e envolvimento dos seus colaboradores. As capacidades da IE são, na opinião de alguns investigadores, desenvolvidas na infância, mas simultaneamente, flexíveis e capazes de serem desenvolvidas e alteradas ao longo da vida da pessoa. Outros investigadores salientam que as experiências vividas nos ambientes laborais têm um impacto significativo neste processo de desenvolvimento. Parece existir, assim, um consenso implícito de que a IE pode ser desenvolvida e aperfeiçoada através de momentos de reflexão sobre a prática, levando à estimulação do crescimento emocional da pessoa e à melhoria da sua qualidade de vida, da qualidade de vida no trabalho, do aumento da satisfação profissional e consequentemente da sua produtividade. Tendo presente estas considerações emergiu em nós um interesse crescente pelo tema “Inteligência Emocional em Gestores de Enfermagem”. Com esta investigação pretendemos avaliar o impacto da formação em IE na Inteligência Emocional percebida pelos Enfermeiros Gestores de uma Organização de Saúde, na importância que atribuem à sua qualidade de vida no trabalho e na relação com os enfermeiros que com eles colaboram. Desta investigação fazem parte quatro estudos, em que utilizámos metodologia quantitativa e metodologia qualitativa. No primeiro estudo, optamos pela Trait Meta-Mood Scale (na sua versão portuguesa modificada) para avaliar a IE, realizámos a sua validação para os enfermeiros portugueses. No segundo relacionámos a Inteligência Emocional percebida pelos Enfermeiros Gestores com a Qualidade de Vida no Trabalho e o Stresse Profissional. Para tal recorremos ao inventário da Qualidade de Vida no Trabalho (importância/frequência) e ao Inventário do Stresse Profissional (intensidade/frequência). No terceiro efetuámos o levantamento das necessidades formativas dos Enfermeiros Gestores relativamente à IE delineámos o programa de formação “Inteligência Emocional em Gestores de Enfermagem” e implementámo-lo. No último estudo realizámos a avaliação do impacto da formação “Inteligência Emocional em Gestores de Enfermagem” na Inteligência Emocional percebida pelos Enfermeiros Gestores, na importância que atribuem à Qualidade de Vida no Trabalho e na relação que mantém com os Enfermeiros das Equipas que gerem. Verificámos que o valor médio da Inteligência Emocional total percebida pelos Enfermeiros Gestores subiu após a formação “Inteligência Emocional em Gestores de Enfermagem”, com resultados estatisticamente significativos na dimensão “Atenção”. Relativamente à Qualidade de Vida no Trabalho (importância) corroborámos a existência de relação entre as três dimensões da Inteligência Emocional e as seis dimensões da Qualidade de Vida no Trabalho, verificando-se uma subida, após a realização da formação, do valor médio total do Inventário da Qualidade de Vida no Trabalho. Na relação dos Enfermeiros Gestores com os Enfermeiros das Equipas que gerem concluímos que, na perspetiva dos Enfermeiros, se verificaram mudanças nomeadamente: maior proximidade com a Equipa, maior prudência, melhoria da comunicação e maior atenção aos sentimentos dos outros. Perante os resultados obtidos nesta investigação, pode afirmar-se que a implementação de programas de formação em IE é uma ferramenta imprescindível na gestão de Recursos Humanos, na Qualidade de Vida dos Gestores e na concretização dos objetivos da Organização.

Tipo de Documento Tese de doutoramento
Idioma Português
Contribuidor(es) Nogueira, Fernanda; Repositório Institucional da UTAD; Ferreira, Maria Manuela Frederico
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