Autor(es):
Corte-Real, C ; Ferreira, I ; Mendes, J ; Dias, P ; Mendonça, A ; Cura-Mariano, J ; Lucas, F ; Judas, F
Data: 2024
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.4/2367
Origem: Repositório do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Assunto(s): Próteses da Anca; Artroplastia da Anca; Resultado do Tratamento
Descrição
O Ortopedista dispõe, atualmente, de um leque alargado de endopróteses articulares primárias da anca para o tratamento da artropatia degenerativa ou inflamatória e, bem assim para a cirurgia reconstrutiva da anca traumática, que incluem implantes cimentados, não cimentados, híbridos, revestidos ou não com biocerâmicos, com diversas cúpulas de fricção articular. A implantação de uma prótese total da anca representa uma das intervenções de maior sucesso clínico em Ortopedia, quiçá em Medicina, proporcionando o alívio/supressão da dor e o restabelecimento precoce da função articular a milhões de doentes em todo o mundo. Apesar de ser assim, a artroplastia total da anca não é uma solução definitiva, a médio ou a longo prazo assiste-se a uma falência mecânica originada, na maioria das situações, pela osteólise periprotética provocada pelas partículas de degaste dos biomateriais que constituem a cúpula de fricção articular, processo biológico que o melhor cirurgião não consegue evitar. Pode-se aceitar que o tempo médio de duração de uma prótese total da anca situa-se, nas melhores casuístas, acima dos 15 anos. O objetivo central deste trabalho é mostrar os resultados clínicos e radiológicos do tratamento de uma série de 12 diferentes situações clínicas em que foram implantadas próteses totais primárias da anca, com um recuo clínico superior a 15 anos.