Autor(es): Nunes, Beatriz ; Diogo, Rui ; Costa, Mariana ; Pereira, Cristina ; Ribeiro, Joana Afonso ; Palavra, Filipe ; Rodrigues, Fernanda ; Amaral, Joana
Data: 2024
Origem: SINAPSE
Assunto(s): Cerebellar Ataxia; Cerebellar Diseases/diagnostic imaging; Child; Encephalitis, Viral; Magnetic Resonance Imaging; Ataxia Cerebelar; Criança; Doenças do Cerebelo/ diagnóstico por imagem; Encefalite Viral; Ressonância Magnética
Acute cerebellitis is a rare disease resulting from dysfunction of the cerebellum or its connections, with infectious or inflammatory causes, varied clinical manifestations, and evidence of predominantly cerebellar inflammation on magnetic resonance imaging (MRI). It belongs to the spectrum of acute post-infectious cerebellar ataxia, a self-limited disease whose therapeutic approach is individualized. Three clinical cases of cerebellar ataxia in pediatric age are described. In case 1, there is a post-infectious context associated with Epstein-Barr virus. In case 2, there is a possible Mycoplasma pneumoniae post-infectious context, with MRI revealing cerebellar inflammation. Steroids were used in both cases. Case 3 presents severe cerebellar post-infection symptoms associated with varicella zoster virus, and human immunoglobulin was given. Evolution was favorable in all. These cases demonstrate the variable spectrum of post-infectious cerebellar ataxia and the different therapeutic options used, depending on the clinical presentation and individual characteristics of affected children.
A cerebelite aguda é uma doença rara, resultante da disfunção cerebelosa ou das suas conexões, de causa infeciosa ou inflamatória, com manifestações variadas e evidência de inflamação predominantemente cerebelosa na ressonância magnética (RM). Pertence ao espetro da ataxia cerebelosa aguda pós-infeciosa, uma doença autolimitada, cuja abordagem terapêutica é individualizada. Descrevem-se três casos clínicos de ataxia cerebelosa em idade pediátrica. No caso 1, existe um contexto pós-infecioso associado ao vírus Epstein-Barr. No caso 2, existe um contexto pós-infecioso possível por Mycoplasma pneumoniae, sendo a RM reveladora da existência de inflamação cerebelosa. Em ambos foi utilizada corticoterapia. O caso 3 apresenta-se com clínica cerebelosa grave pós-infeção pelo vírus varicela zoster, sendo tratada com imunoglobulina humana. A evolução foi favorável em todos. Estes casos demonstram o espetro clínico variável da ataxia cerebelosa pós-infeciosa, bem como as diferentes opções terapêuticas utilizadas, dependentes da apresentação clínica e das características individuais das crianças afetadas.
