Author(s): Nagano, Celso Shiniti
Date: 2019
Origin: Oasisbr
Subject(s): Engenharia de Pesca; Algas marinhas
Author(s): Nagano, Celso Shiniti
Date: 2019
Origin: Oasisbr
Subject(s): Engenharia de Pesca; Algas marinhas
O presente trabalho teve como objetivo a purificação e caracterização parcial da lectina presente na alga marinha vermelha Hypnea musciformis (Wulfen) Lamouroux, coletada nos recifes de maré na Praia do Pacheco, Município de Caucaia, Estado do Ceará. As algas coletadas foram maceradas e transformadas em um fino pó com auxilio de nitrogênio liquido e utilizadas para o preparo de um extrato protéico, seguido de precipitação com sulfato de amônio (0 a 70% de saturação), seguido de cromatografia de troca iônica em coluna de DEAE-celulose, cromatografia de exclusão molecular em coluna de Sephadex G-50 e finalmente, cromatografia de fase reversa em coluna C18 em sistema de alta performance (HPLC). A lectina purificada exibiu aglutinação preferencial para eritrócitos de coelho tratados com enzimas proteoliticas. A cromatografia de troca iônica em DEAE-celulose foi efetiva para separar os pigmentos (ficobiliproteinas) da lectina. A massa molecular aparente da lectina purificada, determinada por cromatografia de exclusão molecular em Sephadex G-50 foi de 10.778 Da. O grau de pureza da lectina isolada foi observado por eletroforese em gel de poliacrilamida na presença de SDS e 13-mercapetanol, apresentando-se como uma única banda protéica com massa molecular aparente de aproximadamente 9.000 Da, indicando que a lectina é uma pequena proteína monomérica, semelhante a outras lectinas isoladas de algas marinhas. Aquecimento da lectina por 30 minutos em temperaturas de 40, 60 e 90°C não afetou a atividade hemaglutinante, evidenciando que a lectina presente na alga marinha vermelha H. musciformis é altamente termoestável.