Descrição
INTRUDUÇÃO: A brincadeira estimula a criança a desenvolver os sentidos, a adquirir habilidades motoras, a reconhecer objetos e suas características, como textura, forma, tamanho, cor e som. Brincando, a criança entra em contato com o ambiente, relaciona-se com o outro, desenvolve a autoestima, a afetividade, torna-se ativa e curiosa. É fácil notar, portanto, que toda criança precisa brincar. OBJETIVOS: Partindo desse princípio, objetivou-se a criação de um canal entre a Liga de Neurologia e Psiquiatria Infantil – Linepi e a Comunidade 31 de Março, para que fosse encorajada a prática do brincar entre pais e filhos, estimulando sua autonomia e confiança. Desejava-se saber quais as maiores dificuldades que tais pais enfrentam no processo de desenvolvimento e educação dos filhos. METODOLOGIA: Idealizou-se uma oficina de construção de fantoches para pais e filhos, utilizando-se materiais de fácil acesso, como meias, papel crepom, feltro e cola. Criados os laços com a comunidade, pretendia-se escutar demandas em segundo momento, onde os pais poderiam compartilhar suas principais dúvidas ou angústias no processo de desenvolvimento e educação de seus filhos. RESULTADOS: Construídos inúmeros fantoches por 16 mães e seus filhos de até 12 anos, realizou-se um segundo momento, por meio de uma roda de conversa, quando se observou que as maiores angústias e dúvidas das mães estavam na preocupação com a educação dos filhos diante de uma comunidade violenta, não se sabendo como e ou quando aplicar limites que impedissem que estes acabassem por se integrar em alguma prática criminosa. CONCLUSÃO: Foram criados laços não só entre pais e filhos, mas entre os residentes da comunidade e os membros da Linepi. Retornar-se-á para a comunidade num terceiro momento, para discussão sobre “educação e imposição de limites na infância”, demanda levantada pelas mães da comunidade.