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Secular Trends in the Mortality by Cerebrovascular Diseases in Portugal: 1902-2012

Author(s): Pinhão Ramalheira, Carlos ; M. Gonçalves, Ana ; Gomes, Filipa ; Dutschmann, Rita ; Gusmão, Ricardo

Date: 2021

Origin: Revista Portuguesa de Medicina Interna

Subject(s): Doenças Cerebrovasculares/mortalidade; Portugal; Portugal; Cerebrovascular Disorders/mortality


Description

Introduction: Cerebrovascular diseases (CVD) are one of the main causes of death in Portugal. Research on the epi- demiologic history might help to understand the phenomenon and guide intervention strategies. Objectives: (1) Describe historic trends in mortality. (2) Estimate the impact of demographic variations on the registered number of cases. Methods: (1) We calculated rates, specific and standard- ized, for deaths registered as CVD (ICD-10: I60-I69, G45; ICD- 8/9: 430-438; ICD-6/7: 330-334) by sex (1902-2012) and by sex and age groups (1913-2012). We used Join point analysis to identify statistically significant changes in standardized death rates, and multivariate regression models, Poisson and negative binomial, controlling for demographic dynamics and time trend, from 1913 to 2012. (2) We calculated the contribution of demographic variations using the application RiskDiff. (3) We evaluated if changes in coding rules might have been a source of bias. Data source: National Institute of Statistics. Results: (1) We gathered the longest and most discriminated mortality series from CVD in Portugal with data since the beginning of nationwide collection. Mortality increases exponentially with age and is higher in men. (2) We observed sig- nificant variations in age-standardized time trends (1913-1933: APC 2.0%; 1933-1955: APC -0.9%; 1955-1974: 2.9%; 1974- 1996: -2.4%; 1996-2012: -6.5%). (3) Population ageing exerted a significant pressure to increase the number of deaths, particularly in the second half of the twentieth century. However, this effect was counterweighted by protective factors. Conclusion: CVD mortality in Portugal is particularly expressive when compared to other European countries, although significant gains have been observed in the last decades. Population ageing combined with a transition between the morbid and mortality dimensions changed the public health paradigm.

Introdução: As doenças cerebrovasculares (DCV) são uma das principais causas de morte em Portugal. O estudo da história epidemiológica deste fenómeno contribui para a sua compreensão e ajuda a orientar estratégias de intervenção. Objetivos: (1) Descrever tendências históricas na mortalidade. (2) Estimar o impacto das variações demográficas no número de casos registado. Métodos: (1) Calculámos taxas, específicas e padroni- zadas, para as mortes registadas como resultantes de DCV (CID-10: I60-I69, G45; ICD-8/9: 430-438; ICD-6/7: 330-334) por sexo (1902-2012) e por sexo e grupos etários (1913- 2012). Utilizámos Joinpoint-analysis para identificar variações estatisticamente significativas na tendência temporal e mod- elos multivariados de regressão, Poisson e binomial negativo, controlando dinâmicas demográficas e tendências temporais, constrangidos à população exposta, de 1913 a 2012. (2) Aferimos o peso relativo de variações demográficas recorrendo à aplicação RiskDiff. (3) Avaliámos se as interrupções na continuidade das séries definidas por alterações nos critérios de codificação da causa de morte podem ter constituído fac- tores confundentes. Fontes dos dados: Instituto Nacional de Estatística. Resultados: (1) Elencámos a mais longa e discriminada série de mortalidade por DCV em Portugal com dados desde que há registo com abrangência nacional. A mortalidade au- menta exponencialmente com a idade e é superior nos homens. (2) Observámos variações significativas na direcção e amplitude da tendência temporal das taxas padronizadas (1913-1933: APC 2,0%; 1933-1955: APC -0,9%; 1955-1974: 2,9%; 1974-1996: -2,4%; 1996-2012: -6,5%). (3) O envelhecimento demográfico exerceu uma pressão significativa para o aumento no número de casos particularmente na segunda metade do século XX. No entanto este efeito foi neutralizado por factores protectores. Conclusão: Em Portugal a DCV é particularmente expressiva quando comparada com outros países da Euro- pa embora se tenham observado ganhos significativos nas últimas décadas. O envelhecimento demográfico combinado com uma eventual transição relativa entre as dimensões morbil e de mortalidade proporcionaram uma mudança no paradigma de saúde pública.

Document Type Journal article
Language English
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