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Internamento por tosse convulsa – casuística de 10 anos de um hospital de nível III

Author(s): Ferreira, Inês ; Pinto, Diana ; Lavrador, Vasco ; Fernandes, Alexandre ; Reis, Maria Guilhermina ; Guedes, Margarida ; Marques, Laura

Date: 2017

Origin: NASCER E CRESCER - BIRTH AND GROWTH MEDICAL JOURNAL

Subject(s): Original Articles


Description

Introdução: A tosse convulsa continua a ser uma preocupação em idade pediátrica. Os adolescentes e adultos são reconhecidos como fonte de transmissão de doença, particularmente para lactentes sem primovacinação completa. Pretende-se caracterizar os casos de tosse convulsa sob o ponto de vista epidemiológico, clínico e terapêutico. Material e Métodos: Estudo observacional, descritivo, através da análise retrospetiva dos processos clínicos dos doentes internados por infeção por Bordetella pertussis (identificada por método de PCR) no Serviço de Pediatria de um hospital nível III entre Janeiro de 2005 e Dezembro de 2014. Resultados: Foram internados 43 doentes, com uma duração mediana de oito dias. Verificou-se maior número de internamentos nos anos de 2008 e 2012, com predomínio no Verão. Apresentavam uma mediana de idades de 2,5 meses (mínimo 12 dias, máximo 16 anos), 86,0% dos quais (n=37) eram lactentes sem primovacinação completa. Todos os doentes apresentavam tosse e 48,8% (n=21) tinham contexto sugestivo de coqueluche. Todos foram medicados com macrólido, com intervalo entre o início dos sintomas e da terapêutica, mediano de oito dias (mínimo 2; máximo 60 dias). Verificou-se coinfeção vírica em 21,6% (n=14). Dez doentes foram internados em cuidados intensivos e registaram-se dois óbitos. Discussão e Conclusões: À semelhança de outros estudos, verificou-se um pico de incidência no ano de 2012. Os lactentes foram o grupo mais vulnerável para infeção por Bordetella pertussis, com maior número de internamentos. Parecem ser necessárias novas estratégias de prevenção complementares às existentes para reduzir a ocorrência desta infeção neste grupo etário.

Background: Whooping cough remains a concern in pediatric age. Adolescents and adults are recognized as a source of disease transmission, particularly for infants without complete primary immunization. The objectives of this study were to characterize clinically and epidemiologicaly hospitalized pediatric cases of pertussis. Material and methods: Retrospective, observational study of pediatric patients hospitalized at a level III Portuguese hospital with Bordetella pertussis infection confirmed by PCR DNA assay, between January 2005 and December 2014. Results: Forty-three patients were admitted with an median duration of eight days. We observed a higher number of admissions in 2008 and 2012, with majority of cases in the summer. The median age was 2,5 months old (minimum 12 days; maximum 16 years), of which 86.0% (n=37) infants without complete primary vaccination. All patients had cough and 48.8% (n=21) had an identified epidemiological contact of pertussis. All were treated with macrolides, with a mean interval between onset of symptoms and treatment of eight days (minimum 2; maximum 60 days). Viral coinfection occurred in 21.6% (n=14). Ten patients were admitted to intensive care unit and two deceased. Conclusions: Like other studies, there was a incidence peak in 2012. Infants were the most vulnerable age group to infection by Bordetella pertussis, with the highest number of hospitalizations. There is a need for additional prevention strategies to improve prevention in this age group.

Document Type Journal article
Language Portuguese
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