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Mobilização tradicional versus utilização de herbicidas sistémicos em olival de sequeiro: efeitos fisiológicos e anatómicos

Autor(es): Moutinho-Pereira, José ; Gonçalves, Berta C.C. ; Bacelar, Eunice ; Ferreira, Helena ; Rodrigues, M.A. ; Correia, Carlos M.

Data: 2009

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10198/3145

Origem: Biblioteca Digital do IPB

Assunto(s): Fotossíntese; Gestão da superfície do solo; Olea europaea L.; Relações hídricas


Descrição

Nas condições climáticas da Terra Quente Transmontana, em que as maiores necessidades hídricas do olival coincidem com o período do ano em que praticamente não chove, o controlo das infestantes do olival é extremamente importante para garantir uma boa gestão dos recursos hídricos e, consequentemente, do desenvolvimento e produtividade das oliveiras. A mobilização do solo constitui uma prática muito frequente e tradicional para manter o olival livre de infestantes. Recentemente, os herbicidas sistémicos têm sido usados como prática cultura] alternativa à mobilização do solo. Ambos os sistemas devem ser equacionados em termos ambientais, económicos e da própria biologia da cultura. Neste trabalho pretendeu-se comparar o comportamento fisiológico das oliveiras no período estival de 2008. O ensaio decorreu num olival (cv. Cobrançosa) em plena produção (20 anos de idade, 240 árvores hat), localizado próximo de Mirandela (41° 31 ‘N; 7° 12W). As modalidades em ensaio foram: mobilização tradicional, com duas lavouras na Primavera, e uma aplicação de glifosato no início da Primavera desde 2001. Resultados preliminares revelaram maior desenvolvimento vegetativo e produtividade das árvores da modalidade glifosato. Ao nível das trocas gasosas foliares, nestas plantas registaram-se maiores valores de fotossíntese e condutância estomática. Estes valores estiveram associados a maiores teores em clorofila total, razão clorofila/carotenóides, eficiência quântica aparente, capacidade máxima metabólica e fluorescência variável. Em contrapartida, os teores em açúcares solúveis foram mais reduzidos, provavelmente devido à maior actividade das sinks vegetativas e reprodutivas. Ao nível das relações hídricas não se registaram diferenças significativas na eficiência intrínseca do uso de água, nem no conteúdo relativo de água. O mesmo se observou na estrutura anatómica e tamanho das folhas. ‘ Em conclusão, este estudo demonstrou que o sistema de não mobilização e recurso ao uso mínimo de herbicidas sistémicos assegura um melhor comportamento fisiológico das oliveiras, com consequências positivas na respectiva produtividade.

Tipo de Documento Objeto de conferência
Idioma Português
Contribuidor(es) Biblioteca Digital do IPB
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