[Re]construir o futuro modelando o presente

• Autor(es): Lopes, Ana
• Data: 2015
• Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/8621
• Origem: Escola Superior de Artes e Design
• Assunto(s): Design de interiores; Reabilitação; (Re)habitar; Módulos funcionais; Edifícios correntes do Porto
• Tipo de Documento: Dissertação de mestrado
• Idioma: Português
• Orientador(es): Cruz, João
• Contribuidor(es): Repositório Comum

Descrição

O centro histórico do Porto encontra-se, num acelerado processo de deterioração, tendo perdido grande parte da sua população residente para a periferia. Este território, que outrora viveu tempos áureos, propulsores de um forte desenvolvimento, quer populacional, quer construtivo (essencialmente do século XVII ao XIX), caracterizado pela sua imagem unificadora, encontra- -se agora ao abandono, onde aproximadamente 72,5% do seu edificado precisa de algum tipo de intervenção (ligeira ou profunda). Tornando-se urgente que esta área, classificada, seja promovida e preservada enquanto herança cultural. A reabilitação surge como processo de dinamização económica e social, que aceita a renovação e adaptação destes antigos modelos aos novos modos de vida, dotando-os de uma melhor qualidade e condições de vida, ambicionando-se a recuperação da sua função residencial. Este projeto procura ser um contributo para o retorno ao centro da cidade, intervindo de forma planeada e controlada nesses edifícios, valorizando a sua história. E, para que essa intervenção causasse algum impacto e fosse o mais abrangente possível, tornou-se essencial analisar as formas base desses edifícios, perceber as suas características, o que têm em comum, as maisvalias, mas também, as deficiências e/ou carências recorrentes. Procurou- -se, posteriormente, intervir apenas o necessário, mantendo a imagem característica dos mesmos. Posto isto e depois de identificar elementos comuns, foram projetados um conjunto de módulos que procuram organizar e dividir a CASA, respondendo às necessidades básicas do habitar, através da matéria mínima de construção direta no próprio edifício, dando prioridade aos elementos previamente construídos, reduzindo ao mínimo os “estragos” definitivos. Trata-se de um conjunto de módulos, que procura adaptar-se ao maior número de edifícios possível, sendo selecionados de uma ampla lista consoante o espaço disponível, as necessidades de cada utilizador e as funções que queiram ver respondidas. As diferentes combinações possíveis tornam ilimitados os resultados finais desenvolvimentos e personalizações individualizadas, evitando a padronização da sociedade, dando lugar à mutação consoante a hora do dia ou por mudança de utilizador.