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Eating Habits During Pregnancy of Women Giving Birth Very Prematurely: An Exploratory Analysis

Autor(es): Teixeira, Beatriz ; Cardoso, Manuela ; Dias, Cláudia Camila ; Pereira-da-Silva, Luís ; e Silva, Diana

Data: 2023

Origem: Acta Médica Portuguesa

Assunto(s): Feeding Behavior; Hypertension, Pregnancy-Induced; Pregnant Women; Premature Birth; Hábitos Alimentares; Hipertensão Induzida Pela Gravidez; Mulheres Grávidas; Parto Pré-Termo


Descrição

Introduction: Preterm birth is increasing worldwide, representing a major cause of death and long-term loss of human potential among survivors. Some morbidities during pregnancy are well-known risk factors for preterm labor, but it is not yet known whether deviations from adequate dietary patterns are associated with preterm delivery. Diet may be an important modulator of chronic inflammation, and pro-inflammatory diets during pregnancy were reported to be associated with preterm birth. The aim of this study was to assess the food consumption during pregnancy of Portuguese women giving birthvery prematurely and the association between the food consumption and the major maternal morbidities during pregnancy related with preterm delivery.Material and Methods: A single-center cross-sectional observational study including consecutive Portuguese women giving birth before 33 weeks of gestation was conducted. Recall of eating habits during pregnancy was obtained within the first week after delivery, using a semi quantitative food frequency questionnaire validated for Portuguese pregnant women.Results: Sixty women with a median age of 36.0 years were included. Of these, 35% were obese or overweight at the beginning of pregnancy, 41.7% and 25.0% gained excessive or insufficient weight during pregnancy, respectively. Pregnancy-induced hypertension was present in 21.7% of cases, gestational diabetes in 18.3%, chronic hypertension in 6.7%, and type 2 diabetes mellitus in 5.0%. Pregnancy-induced hypertension was significantly associated with increased daily consumption of pastry products (31.2 vs 10.0 g, p = 0.022), fast food (39.6 vs 29.7 g, p = 0.028), bread (90.0 vs 50.0 g, p = 0.005), pasta, rice and potatoes (225.7 vs 154.3 g, p = 0.012). In a multivariate analysis, only bread consumption maintained a significant, albeit weak,association (OR = 1.021; 1.003 – 1.038, p = 0.022).Conclusion: Pregnancy-induced hypertension was associated with increased consumption of pastry products, fast food, bread, pasta, rice, and potatoes, although only bread consumption had a weak but statistically significant association with pregnancy-induced hypertension in a multivariate analysis.

Introdução: A prevalência do nascimento pré-termo tem aumentado em todo o mundo, representando uma das principais causas de morte e perda do potencial humano a longo prazo entre os sobreviventes. Algumas morbilidades na gravidez são fatores de risco conhecidos para o desencadeamento do parto pré-termo. Ainda não se sabe se os desvios de um padrão alimentar adequado se associam ao parto prematuro. A dieta por si só pode ser um importante modulador da inflamação crónica e dietas pró-inflamatórias durante a gravidez podem estar associadas ao parto pré-termo. Este estudo teve como objetivo determinar o consumo alimentar durante a gravidez de mulheres portuguesas que tiveram parto muito pré-termo e analisar a associação entre o consumo alimentar e as principais morbilidades durante a gravidez relacionadas com o parto pré-termo. Material e Métodos: Foi realizado um estudo observacional transversal, num único centro, incluindo casos consecutivos de mulheres portuguesas que tiveram o parto antes das 33 semanas de gestação. O recordatório dos hábitos alimentares durante a gravidez foi obtido na primeira semana após o parto, utilizando um questionário semi-quantitativo de frequência alimentar validado para grávidas portuguesas. Resultados: Foram incluídas 60 mulheres com idade mediana de 36,0 anos. Destas, 35% eram obesas ou com excesso de peso no início da gravidez, 41,7% e 25,0% tiveram aumento excessivo ou insuficiente de peso durante a gravidez, respetivamente. A hipertensão induzida pela gravidez esteve presente em 21,7% dos casos, a diabetes gestacional em 18,3%, a hipertensão crónica em 6,7% e a diabetes mellitus tipo 2 em 5,0%. A hipertensão induzida pela gravidez associou-se significativamente ao aumento do consumo diário de produtos de pastelaria (31,2 vs 10,0 g, p = 0,022), fast food (39,6 vs 29,7 g, p = 0,028), pão (90,0 vs 50,0 g, p = 0,005), massas, arroz e batatas (225,7 vs 154,3 g, p = 0,012). Na análise multivariável, apenas o consumo de pão manteve uma associação significativa, embora fraca, com a hipertensão induzida pela gravidez (OR = 1,021; 1,003 – 1,038, p = 0,022). Conclusão: A hipertensão induzida pela gravidez associou-se ao aumento do consumo de produtos de pastelaria, fast food, pão, massas, arroz e batata, embora apenas o consumo de pão tivesse mantido uma associação fraca, mas significativa, com a hipertensão induzida pela gravidez, na análise multivariável.

Tipo de Documento Artigo científico
Idioma Inglês
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