Document details

Magnetic Resonance Imaging in Multiple Sclerosis: An Analysis of the Implementation of the Portuguese Consensus

Author(s): Cordeiro, Alyne ; Marques, Ana João ; Castro, Ana Rita ; Silva, Cristiana ; Carapinha, Duarte ; Ferreira, Francisca ; Schön, Miguel ; Jardim Pereira, Daniela ; Gabriel, João Paulo ; Ruano, Luís ; Santos, Mariana ; Grunho, Miguel ; Santos, Mónica ; Vale, José ; Sá, Maria José ; Soares dos Reis, Ricardo

Date: 2025

Origin: Acta Médica Portuguesa

Subject(s): Consensus; Magnetic Resonance Imaging; Multiple Sclerosis/diagnostic imaging; Portugal; Consenso; Esclerose Múltipla/diagnóstico por imagem; Portugal; Ressonância Magnética


Description

Introduction: Magnetic resonance imaging (MRI) plays a critical role in diagnosing and monitoring people with multiple sclerosis (MS). The 2020 Portuguese Consensus on Magnetic Resonance Imaging in Multiple Sclerosis aimed to standardize MRI use. This study evaluated the implementation of the consensus in clinical practice.Methods: This is an observational, retrospective, longitudinal and multicentric study comprising patients diagnosed with MS between 2019 and 2022 from seven hospital centers in Portugal. We collected demographic data and details regarding MRI requests, protocols, and reports. We performed descriptive and comparative analyses between the period before and after guideline publication.Results: We included 242 patients, mainly female (66.0%), with a mean age of 37 (SD 13). A total of 989 MRIs were performed, 69.1% follow-ups, 68.1% brain MRIs, and 31.9% spinal cord MRIs. Around half of the MRI requests fulfilled all the recommended information. All mandatory sequences in the neuroimaging protocol were performed in 82.5% of brain MRIs and 71.1% of spinal cord MRIs. None of the reports fulfilled all the suggested parameters. Magnetic resonance imaging technical description and imaging findings had the least compliance, mainly concerning gadolinium information (0.85%), lesion load (18.6%), and atrophy characterization (27.1%). After the implementation of the consensus, physicians reported the MS phenotype more often (p < 0.05) and neuroradiologists reported more technical parameters (p < 0.05). When MRIs were performed in a private setting, neuroimaging protocols were similar, but the reports fulfilled more frequently the suggested topics regarding the conclusion (p < 0.05).Conclusion: This study suggests incomplete adherence to the Portuguese Consensus on MRI in MS. Information provided by the physician in MRI requests was often insufficient, which could hamper MRI protocol planning. Magnetic resonance imaging reports were frequently lacking relevant information for the diagnosis and follow-up of MS patients. Further efforts are needed to ensure full implementation and optimize MS care.

Introdução: A ressonância magnética (RM) tem um papel crucial no diagnóstico e monitorização dos doentes com esclerose múltipla (EM). Este estudo pretende avaliar a implementação das Recomendações e Consensos do Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla e da Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia sobre Ressonância Magnética na Esclerose Múltipla na prática clínica.Métodos: Realizou-se um estudo observacional, retrospetivo, longitudinal e multicêntrico englobando doentes com diagnóstico de EM entre 2019 e 2022 de sete hospitais portugueses. Foi obtida informação demográfica e dados relativos à requisição da RM, protocolos de aquisição e relatório. Foi realizada análise descritiva e comparativa.Resultados: Foram incluídos 242 doentes, sendo 66% do sexo feminino. A média de idades ao diagnóstico foi 37 (DP 13) anos, predominando as formas surto-remissão (225, 93%). Foram incluídos 989 exames, correspondendo a 737 pedidos e relatórios. Um terço dos relatórios estava indisponível na data pretendida, com implicações em 83,7% dos casos, sendo a principal uma nova consulta (58,9%). Todos os critérios recomendados foram cumpridos por 28,8% das requisições de RM diagnósticas e 3,7% de seguimento. Todas as sequências obrigatórias foram executadas em 82,5% das RM crânio-encefálicas e 71,1% das RM medulares. Nenhum dos relatórios cumpriu todos os parâmetros recomendados, destacando-se a omissão mais frequente da dose de gadolínio, carga lesional e caracterização da atrofia cerebral. Após implementação das recomendações, os neurologistas reportaram com maior frequência o fenótipo da doença (p < 0,05) e os neurorradiologistas os parâmetros técnicos (p < 0,05). Os exames realizados em hospitais privados apresentaram protocolos de neuroimagem semelhantes, cumprindo mais frequentemente os tópicos sugeridos na conclusão dos relatórios (p < 0,05).Conclusão: Este estudo sugere uma adesão incompleta ao Consenso Português sobre RM na EM. A informação fornecida pelo clínico foi frequentemente insuficiente, o que poderá comprometer a planificação do protocolo de RM. No relatório havia regularmente informação relevante em falta relativa ao diagnóstico e seguimento dos doentes. São necessários esforços adicionais para garantir a implementação completa e otimizar os cuidados na EM.

Document Type Journal article
Language English
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo