Detalhes do Documento

Adesão ao Padrão Alimentar Mediterrânico, consumo de alimentos ultraprocessados e estudo dos fatores associados: resultados do Projeto UltraTeen

Autor(es): Monteiro, M. ; Pereira, F. ; Gaspar, M. ; Jorge, I. ; Poínhos, Rui ; Oliveira, B.M.P.M. ; Rodrigues, Sara ; Afonso, Cláudia

Data: 2024

Identificador Persistente: https://hdl.handle.net/10216/165792

Origem: Repositório Aberto da Universidade do Porto

Assunto(s): Ciências da Saúde, Ciências médicas e da saúde; Health sciences, Medical and Health sciences


Descrição

Introdução: Os hábitos alimentares são uma das principais causas modificáveis de doenças crónicas não transmissíveis. A Dieta Mediterrânica é conhecida por ser um padrão alimentar protetor da saúde e sustentável. Nas últimas décadas, Portugal, tem-se distanciado deste padrão alimentar e aumentado o consumo de alimentos ultraprocessados. Objetivos: Avaliar a adesão ao Padrão Alimentar Mediterrânico, o consumo de alimentos ultraprocessados e fatores associados, em crianças e adolescentes. Metodologia: Estudo transversal, observacional descritivo. Aplicou-se um questionário, que incluía a versão portuguesa do Índice KIDMED e um Índice de consumo de alimentos ultraprocessados construído para este projeto, a uma amostra de conveniência de crianças e adolescentes com idades entre os 10 e os 19 anos. Os dados foram tratados e analisados no programa estatístico SPSS® com um nível de confiança de 95%. Resultados: A amostra incluiu 506 participantes, sendo 54,3% do sexo feminino, com uma idade média de 14,1 anos (dp = 2,5). A adesão ao Padrão Alimentar Mediterrânico correlacionou-se com o consumo de alimentos ultraprocessados (r = 0,447; p < 0,001). Verificou-se uma elevada adesão ao Padrão Alimentar Mediterrânico por 47,8% dos participantes, média adesão por 47,2% e baixa adesão por 4,9%, sendo mais elevada nos indivíduos fisicamente ativos (2p = 0,012; p = 0,021), nos que têm hábitos de sono à semana adequados (2p = 0,009; p = 0,045) e nos mais novos (r = -0,112; p = 0,003). O consumo de alimentos ultraprocessados revelou uma pontuação média de 21,8 (dp = 4,8), sendo o sexo masculino (2p = 0,031; p < 0,001) e os que passam mais tempo em frente ao ecrã (2p = 0,170; p = 0,005) quem mais consome este tipo de alimentos. Conclusões: Observa-se a necessidade de intervir ao nível da promoção e difusão da Dieta Mediterrânica, uma vez que parece ter impacto na diminuição do consumo de alimentos ultraprocessados, de promover a atividade física, estimular hábitos de sono adequados e mitigar o tempo que as crianças e adolescentes passam em frente aos ecrãs.

Tipo de Documento Artigo científico
Idioma Inglês
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Documentos Relacionados